Browsing by Author "Bessa, Agustina Morais"
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- GPER: uma nova estratégia de proteção na lesão dopaminérgica ?Publication . Bessa, Agustina Morais; Baltazar, Graça Maria FernandesEstudos epidemiológicos e estudos em modelos da Doença de Parkinson sustentam a hipótese do estrogénio possuir um papel neuroprotetor na via nigrostriatal. Resultados do nosso grupo (Campos et al. 2012) mostram que o estrogénio promove a regulação da expressão de GDNF a qual é requerida para a proteção dos neurónios dopaminérgicos pelo 17-β estradiol. Adicionalmente, também mostramos num modelo da doença de Parkinson que a proteção induzida pelo 17-β estradiol não requer a ativação de recetores intracelulares. Com o presente estudo pretendemos investigar o papel de um recetor de estrogénio associado à membrana, na neuroproteção contra a lesão dopaminérgica induzida pelo MPP+ (in vitro) ou MPTP (in vivo). Os nossos resultados mostraram que o G1, um agonista selectivo do recetor, previne a perda dos neurónios dopaminérgicos induzida pela exposição de culturas celulares do mesencéfalo ao MPP+, e que o G15 (o antagonista selectivo do recetor) inibe a neuroproteção induzida pelo estrogénio. Além disso, observamos que a incubação com G1 foi capaz de promover o aumento da expressão de GDNF em culturas primárias do mesencéfalo, e que a imunodepleção do GDNF impede a proteção induzida pela exposição com G1. Avaliamos também a capacidade do G1 em promover a proteção num modelo MPTP de murganho por análise do número de células positivas para tirosina hidroxilase. Usando testes de comportamento, campo aberto e “grip test”, também avaliámos a capacidade do G1 proteger as funções motoras. Os resultados obtidos indicam que a ativação deste receptor efectivamente protege a via nigrostriatal face à lesão induzida pela toxina dopaminérgica através de um processo que envolve a regulação da expressão de GDNF. Estes resultados, conjuntamente com o facto do recetor ser um receptor de estrogénio que não medeia efeitos nos órgãos reprodutores, sugere que pode ser usado como uma estratégia alvo designada para proteger a lesão dopaminérgica.