Browsing by Author "Bicho, Ana Sofia de Sousa"
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- Estudo da qualidade do sono dos estudantes de medicina da Universidade da Beira InteriorPublication . Bicho, Ana Sofia de Sousa; Tjeng, RicardoNos dias que correm, o estilo de vida reserva bastante influência sobre a higiene do sono. São diversos os fatores que contribuem tanto para a sua manutenção como para a sua falha. A alternância do dia-noite (claro-escuro), os horários escolares, os horários de trabalho, os horários de lazer, as atividades familiares, são todos fatores exógenos que sincronizam o ciclo sono-vigília. Os estudantes universitários, uma população com especial interesse, normalmente apresentam um padrão de sono irregular, caracterizado por sonos de curta duração nos dias da semana, dificuldade em adormecer, havendo também atraso do início e final de sono dos dias da semana para os fins-de-semana. Há estudos que relatam que os estudantes que dormem menos durante a semana, apresentam sonolência excessiva e maior probabilidade de adormecer do que a população em geral e que, em decorrência desses fatores, há uma associação com baixo desemprenho académico, com sintomas de ansiedade e depressão e maior uso de tabaco, álcool e cafeína. Assim, esta população encontra-se em risco para uma pobre qualidade de sono. Com a entrada para a universidade, adquirem novos hábitos, são expostos a novos ambientes e são responsáveis pela criação de uma nova rotina de sono. Esta nova rotina pode quebrar a higiene adequada do sono e assim afetar o percurso académico dos estudantes. Objetivo: Caracterizar e avaliar a qualidade do sono dos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo correlacional para o qual foi construído um questionário dividido em 7 partes, que foi enviado para a mailing list dos alunos do 1º, 3º e 6º ano do Curso de Medicina da Universidade da Beira Interior. Resultados: A média de horas de sono dos estudantes de medicina foi de 6 horas e 59 minutos. O horário de sono alterou com a entrada para a universidade. A hora de deitar e levantar sofreram um atraso e o número de horas de sono diminuiu cerca de 42 minutos. Mais de metade dos alunos (54,0%) respondeu ter uma “boa” qualidade subjetiva de sono. O resultado do score global do PSQI foi 5,01. O consumo de café, álcool e tabaco não teve relação com a qualidade de sono. A tensão e a ansiedade estavam relacionadas com uma qualidade de sono pobre. A performance académica foi melhor para a aqueles com ótima qualidade de sono e pior para aqueles com qualidade de sono pobre. Conclusão: Os estudantes de medicina têm qualidade de sono “borderline”, com restrição de sono e irregularidade do ciclo sono-vigília. A qualidade de sono piora com a entrada para a universidade, aumentando a sonolência diurna excessiva, relacionando-se com estados de ansiedade e depressão e refletindo-se na performance académica dos estudantes de Medicina.