Browsing by Author "Botelho, Romulo Maduro"
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- Concept StorePublication . Botelho, Romulo Maduro; Rousseau, José AntónioO consumidor, na contemporaneidade, tem menos tempo livre devido à sobrecarga do dia à dia: deslocamentos entre casa e trabalho, atividades paralelas, além do comodismo do comércio online e os seus dispositivos de compra aliados às mídias sociais, entre outros fatores, são recursos facilitadores de venda e conhecimento de produto e serviço, distanciando o consumidor da experiência de compra na loja física e o deixando mais exigente e infiel as marcas. O retalho, para rebater esta mudança no comportamento do cliente, tem criado um ambiente físico cada vez mais interessante e desejável, envolvendo elementos sensoriais tais como cheiro, decoração, música ambiente, iluminação, atendimento personalizado ou até mesmo o autoatendimento. Estas estratégias utilizadas para atrair este consumidor de volta às lojas físicas é um movimento resiliente do comércio (Rousseau, 2017). Outro problema que o retalho está combatendo, é o fator globalização, tornando cada vez maior a concorrência entre marcas, sejam elas de vestuário, calçado, ou quaisquer bens de consumo, ou até mesmo tipos de serviço. A necessidade de criar mecanismos que envolvam a experiência de compra, com a inserção de elementos sensoriais e diferencias em um ambiente comercial significa, atualmente, mais do que a própria satisfação em ter ou usufruir do bem comprado, tornando a experiência algo imprescindível no retalho. Neste movimento de criação de diferenciação do comércio, tornou-se mais evidente um tipo de loja no retalho chamada Concept Stores. Não se sabe ao certo há quantos anos existe este conceito no retalho, mas estima-se em torno de 40 anos através da abertura da L’éclaireur, em Paris, aberta por Armand Hadida em 1980. Entretanto, a maioria das pesquisas relacionadas a este modelo de loja evidenciam que o conceito partiu de Carla Sozzani, irmã de Franca Sozzani, editora de moda da Vogue Itália que abriu sua primeira e pequenina loja no número 10 do Corso Como, em Milão, no ano de 1991. O modelo foi repetido pela Colette, num espaço que abriu portas na Rue Saint-Honoré, na capital francesa, em 1997, e desde então por toda e qualquer marca – da Tesco e House of Fraser à Apple, da Nike à Nestlé. A sua repetição fez com que a essência da Concept Store se deturpasse, analisa o portal How To Spend It do Financial Times1 . Com isso, consumidores e retalhistas confundem o termo concept store, fazendo com que a palavra seja usada indevidamente. Identificar o sentido, a clareza e a raiz das Concept Stores tem com o objetivo neste trabalho, definir os conceitos que contextualizam, o que é uma loja concept, utilizando o cruzamento de dados e levantamentos de informações de diversos autores, e ainda através de análises por meio de pesquisas qualitativa e quantitativa, compreender e contrapor a utilização indevida da palavra Concept Store, trazendo assim, um desdobramento que poderá contribuir em futuras estratégias de branding para lojas conceito.