Browsing by Author "Carvalheiro, Ana Mafalda Lavrador de Jesus"
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- Síndrome gripal: Cobertura vacinal dos colaboradores do Centro Hospitalar/Académico da Cova da Beira e dos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira InteriorPublication . Carvalheiro, Ana Mafalda Lavrador de Jesus; Calheiros, José Manuel Lage CampeloIntrodução: A gripe constitui um sério problema de saúde pública. A vacina é o meio mais eficaz para a sua prevenção. Apesar da vacinação anual dos profissionais de saúde ser fortemente recomendada, as taxas de vacinação permanecem baixas. Este estudo avalia a cobertura vacinal dos colaboradores do Centro Hospitalar/Académico da Cova da Beira (CHCB). Procedeu-se, também, à avaliação da adesão, conhecimentos, atitudes, motivações e comportamentos face à vacinação dos estudantes de Medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Métodos: Para avaliar a cobertura vacinal dos colaboradores do CHCB recorreu-se à análise do mapa resumo fornecido pelo Serviço de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho do CHCB. O estudo relativo aos estudantes de Medicina baseou-se na aplicação de um questionário, anónimo, autopreenchido, disponibilizado por via eletrónica. Resultados: Na época 2014/2015, da totalidade dos colaboradores inquiridos (n=1306), apenas 40,8% manifestaram interesse na vacinação, tendo sido vacinados 36,3%. A taxa de vacinação mais elevada observou-se nos médicos (49,7%). O questionário aplicado aos estudantes foi preenchido por 35,1% da totalidade (n=853). Dos que responderam ao inquérito, 23,1% foram vacinados no passado, e 92,3% não aderiram na presente época. Os fatores que motivaram 23 estudantes (7,7%) a vacinarem-se foram: pertencer a grupo de risco; autoproteção e estar informado (eficácia/segurança da vacina). A maioria dos estudantes vacinados (87%) adquiriu a vacina na farmácia, por iniciativa própria (65%). As razões invocadas para a não adesão foram: nunca me recomendaram; desconhecia a disponibilidade da vacina e não pertenço a grupo de risco. Os fatores que levariam os estudantes a vacinarem-se são: proteção dos doentes; norma do Hospital/Faculdade e recomendação médica. Dos inquiridos, 96,1% afirmam desconhecer a possibilidade de vacinação gratuita. Destes, 72,8% afirmam que teriam aderido se tal se tivesse verificado. 85,6% dos inquiridos considera os estudantes um grupo de risco e 84% reconhece a importância da vacinação. Não obstante, apenas 49% considera a vacina eficaz e 40,1% afirma ter dificuldades de acesso. Na presente época, apenas 36,8% tiveram conhecimento de campanhas de vacinação e 68,2% refere que as mesmas foram veiculadas pela comunicação social. Conclusão: A cobertura vacinal dos colaboradores do CHCB encontra-se muito abaixo do preconizado. Relativamente aos estudantes de Medicina, conclui-se que as campanhas, incluindo a disponibilização da vacina, não são eficazes, que dificuldades de acesso, atitudes negativas e preconceitos são obstáculos relevantes apesar da importância atribuída à vacinação. Este estudo poderá constituir um bom ponto de partida para futuras campanhas.