Browsing by Author "Coelho, Daniela Sofia Pereira"
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- Avaliação das Gamapatias Monoclonais seguidas no Centro Hospitalar Cova da Beira por Citometria de FluxoPublication . Coelho, Daniela Sofia Pereira; Fonseca, Ana Mafalda Loureiro; Amantegui, Patrícia; Monteiro, AndreiaIntrodução: As Gamapatias Monoclonais são um grupo de doenças caracterizado pela proliferação monoclonal de plasmócitos. A forma mais comum é a Gamapatia Monoclonal de Significado Indeterminado e a mais agressiva o Mieloma Múltiplo. A taxa de progressão de Gamapatia Monoclonal de Significado Indeterminado para Mieloma Múltiplo é de aproximadamente 1% ao ano. Estudos recentes sugerem que o uso de anticorpos monoclonais CD27 e CD117 é promissor para prognóstico e caracterização da doença. O CD27 é expresso nos plasmócitos normais, ao contrário do CD117, frequentemente expresso em plasmócitos aberrantes. A perda de CD117 e CD27 parece estar associada à progressão para Mieloma Múltiplo. Contudo, a expressão de CD117 em Mieloma Múltiplo está associada a um prognóstico favorável. Este estudo tem por objectivo avaliar se a expressão de CD27 e CD117 em plasmócitos pode contribuir para a caracterização e prognóstico da Gamapatia Monoclonal e analisar a possibilidade destes marcadores serem integrados em painéis de rotina. Material e Métodos: Foram processadas 25 amostras de medula óssea de doentes com Gamapatia Monoclonal, com idade média de 73,8 anos (51-86 anos). Por Citometria de Fluxo quantificou-se a percentagem de plasmócitos normais e aberrantes, segundo a expressão dos marcadores CD19, CD20, CD27, CD38, CD45, CD56, CD117, CD138, Kappa e Lambda intracitoplasmático. A aquisição dos dados foi efectuada pelo FACSCalibur, tendo sido utilizado o software Infinicyt para a análise e caracterização das células. Resultados: Observaram-se em 21 amostras de medula óssea plasmócitos com fenótipo compatível com Gamapatia Monoclonal de Significado Indeterminado, 2 com Mieloma Múltiplo Assintomático e 2 com Mieloma Múltiplo, e estes diagnósticos encontravam-se confirmados clinicamente. Em 12 amostras de medula óssea, plasmócitos aberrantes foram positivos para CD27, o que se correlacionou com resultados favoráveis de outros exames complementares de diagnóstico. A positividade do CD27 diminuiu consoante a gravidade da doença, enquanto a positividade para CD117 diminuiu nos estádios finais da doença. Ambos os marcadores permitiram uma melhor divisão de plasmócitos normais de patológicos, particularmente em 6 amostras. Conclusões: Em 19 amostras das 25 analisadas, o CD27 e CD117 forneceram novos dados, relativamente ao risco de progressão da doença e distinção de plasmócitos anormais e normais, sendo por isso recomendada a integração destes marcadores em painéis de rotina. A Citometria de Fluxo demonstra-se uma ferramenta importante no diagnóstico, monitorização e prognóstico dos doentes com Gamapatia Monoclonal, contudo necessita de mais investigação, para que se encontrem marcadores mais sensíveis, capazes de distinguir doença estável de evolutiva.