Browsing by Author "Coelho, Joana Isabel de Matos"
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- Hipertensão Arterial NoturnaPublication . Coelho, Joana Isabel de Matos; Rodrigues, Manuel de Carvalho; Mendes, Telma SousaIntrodução: A hipertensão arterial noturna, um valor representativo da pressão arterial basal do organismo, mostra ser melhor preditor de eventos cardiovasculares e morte, sendo fulcral o controlo do perfil tensional nas 24 horas. Objetivos: Avaliar a prevalência de hipertensão arterial noturna na amostra, analisar o perfil tensional de cada utente, bem como caracterizar as condições clínicas associadas e inferir potenciais correlações. Metodologia: Estudo descritivo, observacional e retrospetivo numa amostra de utentes, com idade igual ou superior a 18 anos, submetidos a monitorização ambulatória da pressão arterial no ano de 2017. Com recurso ao programa SClínico foram recolhidos dados como sexo, idade, índice de massa corporal, história de consumo tabágico, presença de dislipidemia, diabetes mellitus e/ou patologia cardiovascular, uso de terapêutica anti-hipertensiva e os dados da mencionada monitorização. Registo e processamento efetuado através do programa SPSS. Resultados: Obtiveram-se 422 exames válidos, sendo que 57,1% eram de utentes do sexo feminino. Antecedentes de excesso de peso, consumo tabágico, dislipidemia e diabetes estavam presentes em 55,3%, 43,8%, 64,7% e 29,3%, respetivamente. Verificou-se uma prevalência de hipertensão noturna de 62,3%. Apurou-se que 93,1% dos doentes estavam sob terapêutica anti-hipertensiva e, destes, 33,1% exibiam perfil tensional controlado. Verificou-se uma relação estatisticamente significativa entre a hipertensão noturna e as seguintes variáveis: sexo, índice de massa corporal, dislipidemia e diabetes. Demonstrou-se uma relação entre a hipertensão noturna e o enfarte agudo do miocárdio e do padrão não dipper com este. História de acidente vascular cerebral e/ou enfarte agudo do miocárdio foram mais frequentes nos indivíduos com hipertensão noturna e/ou padrão não dipper. Conclusão: A grande percentagem de doentes com fatores de risco cardiovascular, sobretudo em termos de hipertensão, excesso de peso, dislipidemia e diabetes chama à atenção para o facto de ser crucial uma abordagem multifatorial. A elevada prevalência de hipertensão noturna, na amostra, denota a importância do diagnóstico e alerta para o valor da monitorização ambulatória da pressão arterial como aliada insubstituível no diagnóstico, monitorização, controlo e seguimento desta patologia que acarreta um aumento do risco cardiovascular. Salienta-se a relevância da caracterização do padrão noturno da pressão arterial, uma vez que com esse conhecimento será possível adaptar a abordagem terapêutica de acordo não só com a pressão arterial diurna, mas também de acordo com a pressão arterial noturna, tendo por base uma ferramenta que pode ser a chave: a cronoterapia. Este estudo reforça ainda a essência da adaptação terapêutica de forma individualizada.
