Browsing by Author "Correia, Ana Rita Rodrigues"
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- Diferenças de género e o Diagnóstico de Autismo no Género Feminino: Revisão Sistemática de LiteraturaPublication . Correia, Ana Rita Rodrigues; Ramos, Ludovina Maria de AlmeidaIntrodução: De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5), a Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é definida por défices persistentes, em vários contextos, na interação social e comunicação. Tem vindo a reconhecer-se que algumas pessoas com PEA, nomeadamente do género feminino, conseguem disfarçar os seus sintomas, quer seja escamoteando-os, quer seja fazendo apelo a comportamentos compensatórios, com o intuito de diminuir os problemas ou desafios sociais e de comunicação. Este tipo de situação poderá estar a contribuir para um subdiagnóstico da doença a nível global ou até mesmo para um diagnóstico incorreto. Objetivo: Esta dissertação visa caracterizar a situação do diagnóstico de PEA (Perturbação do Espetro do Autismo) no género feminino. Para além disso, pretende averiguar as implicações que estas diferenças de género no diagnóstico têm na revisão dos critérios de diagnóstico, de modo a diminuir o subdiagnóstico de PEA nas raparigas. Método: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses - PRISMA. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Pubmed e Elsevier Scopus, considerando o intervalo temporal 2000-2022 (março) e os critérios de elegibilidade previamente definidos. Resultados: Dos 32 artigos inicialmente apurados, foram selecionados 9 artigos (7 estudos quantitativos e 2 estudos qualitativos) para leitura integral, tendo sido excluídos todos aqueles que não satisfizeram os critérios de elegibilidade. Não se apurou um número muito alargado de artigos que considerassem as palavras-chave pretendidas na sua totalidade, contudo esses mesmos artigos obtidos foram realizados em vários países diferentes, o que conferiu alguma representatividade geográfica a este estudo. Em termos gerais, os estudos apresentaram consenso a nível das conclusões obtidas, nomeadamente no que diz respeito às diferenças de género e subdiagnóstico. Conclusões: Os estudos analisados suportam a existência de um subdiagnóstico de PEA, mais manifesto e tardio no género feminino, resultado tanto de uma avaliação inadequada dos traços clínicos mais característicos do fenótipo feminino, como da perceção desajustada dos cuidadores, e ainda da existência de um “fenómeno de camuflagem” de sinais e sintomas por parte das raparigas com PEA.