Browsing by Author "Costa, Filipa Daniela Pais"
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- Estudo sobre o consumo de estimulantes pelos alunos da Universidade da Beira InteriorPublication . Costa, Filipa Daniela Pais; Alba, Maria Eugénia Gallardo; Rosado, Tiago Alexandre PiresO presente documento, elaborado no âmbito da unidade curricular Estágio, incluído no plano de estudos do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, encontra-se dividido em 3 capítulos: o Capítulo I que aborda a vertente de investigação e os resultados dela obtidos relativamente a um tema do ramo das Ciências Farmacêuticas, integrado na componente Toxicologia; o Capítulo II referente à experiência profissionalizante em Farmácia Hospitalar; e finalmente, o Capítulo III respeitante à experiência profissionalizante na vertente de Farmácia Comunitária. O primeiro capítulo, isto é, o de componente de investigação, aborda a temática do consumo de estimulantes pelos alunos da Universidade da Beira Interior. A prevalência do uso não médico de estimulantes sujeitos a receita médica por estudantes universitários, com o objetivo de melhorar o desempenho académico, encontra-se bem documentada em países como os Estados Unidos da América. Contudo noutros países, onde se inclui Portugal, existe uma profunda carência de estudos no que diz respeito a esta preocupação de saúde pública. Em paralelo, vários estudos têm observado um aumento substancial da procura dos estimulantes não sujeitos a receita médica pela mesma população referenciada, nos últimos anos em Portugal. Deste modo, realizou-se um estudo observacional com a aplicação de um inquérito anónimo e confidencial de respostas fechadas, respondido adequadamente por 390 alunos da população dos 8097 alunos inscritos na UBI no ano letivo 2019/2020. Este teve em vista a recolha de informação sólida e empírica relativamente ao conhecimento, comportamentos e grau de consumo de estimulantes do sistema nervoso central, procedentes de bebidas, suplementos, medicamentos e/ou outras substâncias, pela população descrita em epígrafe. Em adição tentou-se perceber quais os efeitos mais comummente alcançados com a toma destas substâncias; possíveis efeitos secundários resultantes do consumo dos mesmos; contextos associados ao seu consumo, bem como as formas de acesso aos mesmos; etc. Este mesmo inquérito online e inscrito na plataforma Google Forms, obteve aprovação por parte da Comissão de Ética (CE) da UBI no mês de abril do corrente ano 2020. Dos resultados obtidos fez parte a amostra dos 390 inquiridos, com uma maior percentagem de alunos de idade compreendida entre os 21 e os 24 anos (57,4%), do sexo feminino (75,4%) e de nacionalidade portuguesa (95,4%). A área de curso com maior número de alunos participantes revelou ser a área das Ciências da Saúde (n=211). Relativamente aos hábitos de consumo de estimulantes, a maioria dos alunos que os consome (90,0%), definiu o café (65,8%), as infusões/chás/ice tea (53,6%) e o cacau/chocolate (51,9%) como os produtos mais regularmente consumidos pelos mesmos. Para o caso dos medicamentos estimulantes sujeitos a prescrição médica, a maioria assumiu nunca ter consumido, contudo, é necessário ter especial atenção à percentagem de alunos (0,3%) que os assumiram consumir sem possuírem qualquer tipo de patologia do foro cognitivo medicamente diagnosticada e/ou medicada. Dos 351 alunos consumidores de estimulantes do Sistema Nervoso Central, 57,0% afirmaram terem iniciado a toma deste tipo de substâncias paralelamente ao ingresso no ensino secundário (15/16 anos -18 anos), tendo como principais motivos a necessidade de combater a sonolência diurna (59,3%), de aumentar o rendimento académico (57,3%), sintomas como cansaço, nervosismo/ansiedade, depressão, dor de cabeça, etc. (41,9%), bem como a influência do ambiente social (40,2%). Já nas razões da toma continua desses estimulantes encontra-se, igualmente, os três primeiros motivos enunciados, mas, sobretudo, o prazer, satisfação, elevação do humor, gosto pelo sabor/textura (63,5%). A maioria dos alunos revelou fazer um consumo diário de 1 a 2 estimulantes (74,6%), e aumentar esse consumo em momentos de avaliação letiva (71,8%). Quanto aos possíveis efeitos adversos associados à toma de estimulantes cerebrais, 43,0% assumiu já ter experienciado, essencialmente, palpitações; insónia e alterações gastrointestinais. Finalmente, no que concerne ao conhecimento sobre a matéria dos estimulantes, a amostra em estudo revelou ser conhecedora dos mesmos (85,6%) e das suas categorias (92,6%), tendo chegado até eles, maioritariamente, através dos estabelecimentos de ensino (76,3%) e dos media (66,2%). Quanto às três diferentes categorias, 88,5% dos 390 alunos afirma haver diferenças entre as mesmas no que toca a questões de efeitos, riscos e legalidade. Relativamente ao segundo capítulo, é contemplada toda experiência adquirida ao longo do estágio realizado em Farmácia Hospitalar no Centro Hospitalar Tondela Viseu, decorrido do dia 3 de fevereiro ao dia 6 de março de 2020. Este capítulo aborda as diferentes áreas de intervenção do farmacêutico em contexto hospitalar, e todos os processos legais associados. Finalmente, no terceiro capítulo é descrita a experiência adquirida em todas as funções associadas à prática do dia-a-dia do farmacêutico comunitário, como agente promocional do uso racional do medicamento e do completo estado de saúde e bem-estar geral da comunidade. Este estágio decorreu na Farmácia Misericórdia, em Nelas, no distrito de Viseu, com início a 9 de março e término a 12 de junho de 2020.
