Browsing by Author "Costa, Maria Margarida Rodrigues Teixeira da"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Fatores que potenciam o Burnout dos profissionais de saúde que trabalham na linha da frente durante a pandemia de COVID19Publication . Costa, Maria Margarida Rodrigues Teixeira da; Vitória, Paulo dos Santos DuarteIntrodução: Um novo coronavírus surgiu na China em dezembro de 2019 e em março de 2020 atingiu a categoria de pandemia. Os profissionais de saúde da linha da frente ficaram sob risco acrescido de exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal, sendo estas as três dimensões que caracterizam o burnout. Objetivos: Pretende-se com este estudo realizar uma revisão sistemática sobre o burnout nos profissionais de saúde da linha da frente e identificar quais os fatores que potenciam o seu aparecimento durante a pandemia de COVID19. Métodos: Em março de 2020 foram selecionados artigos científicos e de revisão nas bases de dados da PubMed, MEDLINE e LILACS. Os estudos foram incluídos na revisão se investigassem os fatores de risco de burnout nos profissionais de saúde da linha da frente durante a pandemia pelo novo coronavírus, com as palavras-chave: profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, COVID19 e burnout. Foram incluídos artigos com texto integral, em português, inglês ou espanhol, publicados a partir de 1 de dezembro de 2020. Os critérios de inclusão e exclusão foram aplicados em duas fases, a fim de obter os artigos mais pertinentes para dar resposta ao objetivo do estudo. Na pesquisa inicial foram encontrados 228 artigos, dos quais 11 foram incluídos na análise final. Resultados: Após análise dos 11 artigos, foram identificadas quatro categorias principais de fatores de risco para os profissionais de saúde da linha da frente durante esta pandemia: fatores de risco individuais, laborais, organizacionais e sociais. A maioria dos participantes com burnout que integram a amostra desta revisão sistemática são do sexo feminino, com uma média de idade de cerca de 35 anos, sem filhos, casados (ou coabitam com alguém) e com pouca experiência profissional na área. Dos fatores laborais, foi mais evidente a sobrecarga de trabalho a que estavam sujeitos durante a pandemia. Em relação aos fatores organizacionais sobressai o medo que sentiam de ficar infetados ou de infetar alguém, bem como que a falta de recursos, nomeadamente equipamento de proteção individual e a falta de pessoal. A nível social salienta-se o estigma da sociedade a que estes profissionais se sentiram sujeitos. Conclusão: Esta pandemia veio acrescentar novos fatores de risco para o desenvolvimento de burnout junto dos profissionais de saúde. Torna-se importante a consciencialização da existência destes fatores, a fim de poderem ser tomadas medidas preventivas adequadas no futuro.
