Browsing by Author "Costa, Teresa Filipa Soares da"
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- A sexualidade feminina ao longo da gravidezPublication . Costa, Teresa Filipa Soares da; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Sara Monteiro Morgado DiasIntrodução: A gravidez é acompanhada de modificações que podem ter impacto na sexualidade da mulher, sendo esta um fator importante para a saúde tal como a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma. A maioria da literatura demonstra haver uma associação entre a gravidez e a disfunção sexual feminina (FSD), e estudos relatam que a maioria das mulheres têm um declínio no desejo sexual durante a gestação, sendo este mais acentuado no 3º trimestre. Objetivos: Avaliar as respostas das grávidas do CHUCB (Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira) ao questionário do Índice da Função Sexual Feminina (FSFI) e perceber a vivência da sexualidade feminina e a presença/ausência de FSD durante a gravidez, relacionando-os com dados sociodemográficos e clínicos. Materiais e Métodos: A amostra foi constituída por 113 grávidas dos 21 aos 45 anos que responderam ao FSFI e a questões sociodemográficas antes das consultas de obstetrícia no CHUCB, entre março e junho de 2019. Com recurso ao SPSS realizou-se a análise estatística dos dados obtidos. Resultados: Relativamente aos domínios estudados no FSFI, observou-se um aumento da excitação sexual nas grávidas no 2º trimestre da gravidez e uma redução no 3º trimestre, com significado estatístico (p=0,047). Em algumas questões as grávidas com menos de 35 anos referiram melhor satisfação sexual, enquanto que as grávidas com relações mais duradoras reportaram menor frequência de sensação de dor/desconforto no ato sexual, embora sem significado estatístico nos domínios a que as questões pertencem. No que toca à média do score total, sem significado estatístico, observou-se um aumento da satisfação sexual do 1º para o 2º trimestre, e uma diminuição no 3º trimestre atingindo então os valores mais baixos. A disfunção sexual, também sem significância estatística, evoluiu de forma semelhante, com uma prevalência de 39,1% no 1º trimestre, 32,4% no 2º e 40,8% no 3º trimestre. Conclusão: Apenas o domínio da excitação mostrou uma variação estatisticamente significativa ao longo da gestação. Nos restantes domínios da sexualidade e quanto à presença/ausência de FSD, não observámos variações estatisticamente significativas. O grupo de mulheres com idade =35 anos mostram-se menos satisfeitas com a sua vida sexual, talvez pelo receio de prejudicarem uma gravidez já de si de alto risco obstétrico. Assim nas grávidas estudadas não verificámos alterações significativas quanto à sua perceção da sexualidade.