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- Perceção, conhecimentos e atitudes sobre a menopausa, em mulheres doutoradas dos 45 aos 60 anosPublication . Catalão, Inês Sofia Mendes; Moutinho, José Alberto Fonseca; Geraldes, Fernanda da Purificação Bento; Nunes, Sara Monteiro Morgado DiasIntrodução: Atualmente, com o aumento da esperança média de vida, 95% das mulheres atinge a menopausa, sendo esta um marco extremamente importante da vida feminina. Vários fatores influenciam o modo como esta é experienciada e o nível de escolaridade parece ser um deles, porém, existem poucos estudos acerca desta temática. Objetivos: Pretendemos estudar a perceção, conhecimentos e atitudes de mulheres doutoradas relativamente à menopausa e compreender se a formação académica influencia a vivência da mesma. Metodologia: Foi desenhado um estudo observacional e transversal. A amostra incluiu mulheres com idades entre 45 e 60 anos, doutoradas e com funções de ensino e/ou investigação na Universidade da Beira Interior. Após a explicação dos objetivos do estudo, as voluntárias responderam presencialmente a um questionário que foi elaborado pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Gedeon Richter e que foi previamente aplicado num estudo nacional. O inquérito incluiu a caracterização demográfica, o índice de massa corporal, o tipo de dieta e exercício físico e a caracterização de aspetos da vida quotidiana e da Menopausa. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o Statistical Package for Social Sciences, versão 24.0. Resultados: Das 65 mulheres doutoradas, 29 encontravam-se na menopausa. A idade média à última menstruação foi aos 50,6 anos, cerca de 2 anos mais tardia comparativamente à da amostra do estudo nacional. Do total das mulheres inquiridas, 92,3% preocupava-se pouco ou nada com a menopausa e 72,3% praticava exercício físico regular, percentagens mais elevadas que as da amostra nacional. As mulheres na menopausa mostraram menor satisfação com a aparência e com a relação familiar. Os sintomas que mais surgiram aquando da menopausa foram os calores e afrontamentos, irritabilidade e dificuldade de concentração, porém 55,2% das mulheres referiu que nunca interferiram nas suas vidas. 72,4% das mulheres procurou um médico quando entrou na menopausa. As principais prescrições médicas foram exercício físico seguido da terapêutica hormonal de substituição. 57,1% das mulheres que estavam na menopausa referiu conhecer os tratamentos hormonais e 27,6% reportou já ter feito algum deles. Conclusões: A maioria das doutoradas inquiridas mostrou uma atitude positiva acerca da menopausa, porém este período da vida associou-se a uma menor satisfação com a aparência e com a vida familiar. O nível de escolaridade parece protelar o aparecimento da menopausa e melhorar a perceção das mulheres acerca da saúde e de aspetos da vida quotidiana, sendo crucial a individualização das condutas médicas para promover o bem-estar de cada mulher.
- Prevenção do Tromboembolismo Venoso na GravidezPublication . Ramos, Afonso Carvalho; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: A gravidez é um estado trombogénico. Nos países desenvolvidos, como Portugal, tem-se assistido a uma reprodução cada vez mais tardia. A idade é um dos fatores de risco mais importantes para Tromboembolismo Venoso (TEV) na gravidez. Consequentemente, o TEV tornou-se numa das principais causas de mortalidade na grávida em países desenvolvidos, substituindo causas clássicas como hemorragia e infeção. Atualmente já existem algumas Guidelines Internacionais que abordam os seus fatores de risco, diagnóstico, tratamento e prevenção. Objetivos: Esta monografia tem como objetivo a avaliação da literatura no que respeita à estratificação do risco de TEV na grávidez, métodos atuais de prevenção de TEV na gravidez e proceder a uma revisão crítica das recomendações atuais de tromboprofilaxia. Métodos: Foi realizada um Revisão Descritiva da Literatura tendo sido feita uma pesquisa na base de dados Pubmed, utilizando a ferramenta advanced research, com as palavras-chave “tromboembolismo” OU “trombose venosa”, “tromboprofilaxia” e “fatores de risco”. Na pesquisa foram selecionados os artigos publicados até há 5 anos e que incluíssem, pelo menos, duas palavras-chave. Resultados e Discussão: Todas as mulheres devem ser submetidas a uma avaliação de risco antes de engravidar, e ao longo da gravidez, parto e puerpério. Nem todas as grávidas com fatores de risco para TEV devem receber tromboprofilaxia. O conjunto de fármacos mais utilizados são as Heparinas de Baixo Peso Molecular, por serem globalmente os mais seguros para a grávida. Na prevenção mecânica, pode-se considerar Meias de Compressão Elástica e Filtros da Veia Cava Inferior, estes últimos reservados para casos refratários à trombrofilaxia farmacológica. Conclusões: Os estudos sugerem algumas opções para tromboprofilaxia. Não existe nenhuma estratégia isenta de riscos para a grávida e para o feto. Este trabalho sublinha, também, a importância de um trabalho multidisciplinar no sentido de prevenir o TEV na grávida.
- Criopreservação de tecido ovárico em doentes oncológicasPublication . Salvado, Catarina Antunes; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução A investigação em oncologia tem proporcionado significativos avanços ao nível do diagnóstico precoce e tratamento da doença oncológica, contribuindo para um número crescente de sobreviventes de cancro em idade pré-púbere e reprodutiva. Por outro lado, as abordagens terapêuticas podem ser tóxicas para os órgãos reprodutivos e conduzir a infertilidade. Adicionalmente, os efeitos causados pela insuficiência ovárica podem aumentar o risco de osteoporose e doença cardíaca, assim como causar sintomas da menopausa. A Criopreservação de Tecido Ovárico é uma técnica promissora, que pode ser proposta a doentes em risco, uma vez que permite restaurar a função endócrina ovárica e a capacidade reprodutiva. Objetivos O objetivo principal desta dissertação é analisar as possíveis aplicações clínicas do tecido ovárico criopreservado em doentes oncológicas. Metodologia Foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica, com recurso à base de dados PubMed. Foram usadas as seguintes palavras-chave: “ovarian tissue cryopreservation”, “cryopreservation of ovarian tissue”, “fertility preservation” e “cancer”. Adicionalmente, foram consultados comunicados, guidelines e pareceres de entidades de relevo na área. Após a análise do material recolhido, foi realizada uma revisão descritiva. Resultados e Discussão A criopreservação de tecido ovárico é um método considerado ainda experimental pela maioria das sociedades. É uma técnica que não exige a existência de um dador de esperma nem a realização de estimulação ovárica, e é a única opção disponível para raparigas prépúberes e para casos em que não se pode atrasar o início do tratamento. Atualmente, já foram notificadas mais de 130 gravidezes após recurso ao método e em mais de 95% casos ocorreu recuperação da função ovárica após o transplante. Estima-se que a taxa de nascimentos e gravidezes é cerca de 37,7%, sendo comparável a outros métodos de preservação da fertilidade. O facto de o tecido ovárico transplantado permitir restaurar a função endócrina ovárica tem evocado novas perspetivas de utilização do tecido criopreservado, nomeadamente a terapia hormonal de substituição baseada em tecido celular, em detrimento da terapia hormonal de substituição farmacológica, e a possibilidade de o método ser proposto para adiar a menopausa em mulheres saudáveis. Adicionalmente, pode ser uma abordagem atrativa para induzir a puberdade em jovens pré-puberes, existindo, já, relato de dois casos de sucesso. No entanto, o procedimento levanta algumas preocupações e os principais desafios da técnica surgem sobretudo numa fase pós-transplante, nomeadamente o restabelecimento da vascularização e o risco de reimplantação de células malignas. Conclusão A Criopreservação de Tecido Ovárico tem sido amplamente aplicada na preservação da fertilidade em doentes oncológicas, e mais recentemente, tem sido discutida como alternativa para adiar a menopausa e induzir a puberdade. No entanto, é evidente a necessidade de maior investigação para otimizar e estandardizar protocolos na realização da técnica; assim como, melhorar os métodos de pesquisa de células malignas e de revascularização do tecido enxertado.
- Depressão Perinatal Paterna: fatores de riscoPublication . Pereira, Ana Carolina Moura; Moutinho, José Alberto Fonseca; Morais, Ana Sofia FélixIntrodução | A transição para a parentalidade é um período no qual os homens atravessam vários processos de adaptação, que em certos casos podem conduzir a um desequilíbrio e, por sua vez, à Depressão Perinatal Paterna. Este é um fenómeno de saúde pública que, apesar de clinicamente negligenciado, apresenta uma prevalência estimada entre 8,4% e 10.4%, segundo duas meta-análises, entre os pais durante o período perinatal, merecendo a atenção da sociedade e os profissionais de saúde. Objetivos | Análise descritiva da atual evidência científica sobre a Depressão Perinatal Paterna, identificando a prevalência, fatores de risco e impacto no individuo, sociedade e sistemas de saúde. Metodologia | Para a elaboração desta revisão bibliográfica foi efetuada uma pesquisa, durante os meses de maio a dezembro de 2019, na PubMed e no UpToDate, bem como em livros e normas de orientação da Direção-Geral da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Resultados e Discussão | A Depressão Perinatal Paterna é uma patologia pouco reconhecida e até subdiagnosticada, porém tem merecido o interesse científico no sentido de avaliar os seus fatores de risco. Foram identificados diversos fatores de risco para a Depressão Perinatal Paterna, que podem ser divididos em: individuais; socioculturais; relacionados com a gravidez; psiquiátricos; e hormonais. A concomitância de depressão materna é o principal fator de risco, em que o homem apresenta risco superior, cerca de 50%, de desenvolver Depressão Perinatal Paterna. Além disso, também têm sido estudadas as potenciais consequências da Depressão Perinatal Paterna nas crianças, demonstrando-se que os pais apresentam um papel de grande relevo no desenvolvimento dos filhos e quando os homens experienciam depressão perinatal as suas crianças revelam consequências negativas no desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e comportamental. Estes indícios, por sua vez, assinalam a necessidade de trazer a Depressão Perinatal Paterna para o centro da discussão e tomar medidas que possibilitem a prevenção, rastreio, diagnóstico e tratamento adequados. Conclusão | Tendo em conta a prevalência da Depressão Perinatal Paterna, justifica-se a existência de medidas que promovam o aumento da consciencialização da comunidade médica e o reconhecimento precoce desta entidade clínica. Estas medidas devem passar pela reformulação de políticas de saúde pública e implementação dos questionários de rastreio da Depressão Perinatal Paterna e divulgação de informações relativas à prevalência, aos fatores de risco e às possíveis consequências da Depressão Perinatal Paterna, através dos diversos meios disponíveis (panfletos, cartazes, anúncios televisivos, via telemóvel ou sessões presenciais) com vista a alcançar a população masculina.
- Sofrimento Fetal AgudoPublication . Martins, Mariana Salomé Pereira; Jorge, Arminda Maria Miguel; Nunes, Célia Maria Pinto; Mendes, Joana Sofia Pereira PinheiroIntrodução: O sofrimento fetal agudo é das principais e, potencialmente preveníveis, causas de morte e morbilidade neonatal. Ocorre maioritariamente durante o trabalho de parto, mas pode ocorrer anteparto. Caracteriza-se por redução abrupta das trocas gasosas materno-fetais, podendo conduzir a lesões irreversíveis no Recém-Nascido. Objetivos: Avaliar fatores de risco na gravidez e parto associados a sofrimento fetal agudo, bem como as implicações no Recém-Nascido e atitudes periparto. Metodologia: Estudo transversal retrospetivo. Recorreu-se à análise de processos clínicos, obtendo-se uma amostra de 531 partos e 539 recém-nascidos, no ano de 2018, no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira. Foram consideradas as variáveis relativas a: características maternas, gestacionais, trabalho de parto e neonatais. A análise foi realizada através do software estatístico SPSS, versão 25.0. Realizou-se análise descritiva dos dados e utilizaram-se métodos de estatística inferencial, considerando-se uma significância de 5%. Resultados: Das 531 gestações, houve 150 casos de Sofrimento Fetal Agudo. Dos 539 neonatos, houve 31 com asfixia perinatal. O sofrimento fetal agudo e asfixia perinatal apresentaram relação significativa (p<0,001). Observa-se que as mães multíparas com cesariana anterior apresentam 7 vezes maior probabilidade de sofrimento fetal agudo, quando comparadas com as que tiveram partos vaginais eutócicos (OR=7,453). O sofrimento fetal agudo apresentou relação significativa (p<0,05) com restrição do crescimento intrauterino, ameaça de parto prematuro, alterações no volume de líquido amniótico e anestesia geral. Houve um aumento na probabilidade de sofrimento fetal agudo quando ocorrem cesarianas (OR=26,596) e partos vaginais distócicos (OR=7,342), quando comparados com situações de parto foi vaginal eutócico. A ausência de progressão do trabalho de parto (OR=3,895), alterações na dinâmica uterina (OR=9,778), febre intraparto (OR=22,290), líquido amniótico meconial (OR=3,850) e circulares cervicais nos recémnascidos (OR=1,840) também estiveram associados a aumento na possibilidade de sofrimento fetal agudo. Diversas complicações neonatais apresentaram relação significativa (p<0,05) com sofrimento fetal agudo e asfixia perinatal, nomeadamente dificuldades alimentares, complicações neurológicas, respiratórias e metabólicas. A acidose na gasometria do cordão umbilical apresentou relação significativa com asfixia perinatal (p<0,001). Conclusão: Neste estudo, concluímos que diversos fatores de risco anteparto e intraparto podem influenciar a possibilidade de hipoxia perinatal. Os fatores intraparto, como alterações na dinâmica uterina, ausência de progressão do trabalho de parto e febre são alguns dos principais determinantes de sofrimento fetal agudo. O sofrimento fetal agudo prolongado pode levar a asfixia perinatal, que se traduz em diversas complicações neonatais, nomeadamente neurológicas e respiratórias. A acidose na gasometria do cordão umbilical é o principal marcador de asfixia perinatal.
- A sexualidade feminina ao longo da gravidezPublication . Costa, Teresa Filipa Soares da; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Sara Monteiro Morgado DiasIntrodução: A gravidez é acompanhada de modificações que podem ter impacto na sexualidade da mulher, sendo esta um fator importante para a saúde tal como a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma. A maioria da literatura demonstra haver uma associação entre a gravidez e a disfunção sexual feminina (FSD), e estudos relatam que a maioria das mulheres têm um declínio no desejo sexual durante a gestação, sendo este mais acentuado no 3º trimestre. Objetivos: Avaliar as respostas das grávidas do CHUCB (Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira) ao questionário do Índice da Função Sexual Feminina (FSFI) e perceber a vivência da sexualidade feminina e a presença/ausência de FSD durante a gravidez, relacionando-os com dados sociodemográficos e clínicos. Materiais e Métodos: A amostra foi constituída por 113 grávidas dos 21 aos 45 anos que responderam ao FSFI e a questões sociodemográficas antes das consultas de obstetrícia no CHUCB, entre março e junho de 2019. Com recurso ao SPSS realizou-se a análise estatística dos dados obtidos. Resultados: Relativamente aos domínios estudados no FSFI, observou-se um aumento da excitação sexual nas grávidas no 2º trimestre da gravidez e uma redução no 3º trimestre, com significado estatístico (p=0,047). Em algumas questões as grávidas com menos de 35 anos referiram melhor satisfação sexual, enquanto que as grávidas com relações mais duradoras reportaram menor frequência de sensação de dor/desconforto no ato sexual, embora sem significado estatístico nos domínios a que as questões pertencem. No que toca à média do score total, sem significado estatístico, observou-se um aumento da satisfação sexual do 1º para o 2º trimestre, e uma diminuição no 3º trimestre atingindo então os valores mais baixos. A disfunção sexual, também sem significância estatística, evoluiu de forma semelhante, com uma prevalência de 39,1% no 1º trimestre, 32,4% no 2º e 40,8% no 3º trimestre. Conclusão: Apenas o domínio da excitação mostrou uma variação estatisticamente significativa ao longo da gestação. Nos restantes domínios da sexualidade e quanto à presença/ausência de FSD, não observámos variações estatisticamente significativas. O grupo de mulheres com idade =35 anos mostram-se menos satisfeitas com a sua vida sexual, talvez pelo receio de prejudicarem uma gravidez já de si de alto risco obstétrico. Assim nas grávidas estudadas não verificámos alterações significativas quanto à sua perceção da sexualidade.
- A proliferação das fake news nas eleições brasileiras de 2018Publication . Jardelino, Fábio; Cavalcanti, Davi; Toniolo, BiancaBuscando compreender o papel das novas mídias nas democracias modernas, este artigo debate as consequências do ativismo digital, através da proliferação de fake news, usando como estudo de caso as eleições brasileiras de 2018. Metodologicamente, primeiro realizámos uma contextualização bibliográfica sobre mídias digitais, ciberativismo e fake news. Posteriormente entrámos na parte empírica deste estudo, na qual explorámos o alcance de fake news selecionadas por sua relevância no âmbito das eleições de 2018. Para executar o estudo, utilizámos as ferramentas de análise de dados Google Trends e Buzzsumo. A partir do estudo empírico, essa pesquisa buscou responder a três perguntas: (1) Quando as fake news selecionadas obtiveram o primeiro pico de busca no Google?; (2) Quando alcançaram maior repercussão no Google?; e (3) Qual foi o alcance delas no Facebook e no Twitter? A temática estudada é importante por abordar o alcance das fake news na opinião pública, podendo estas ter sido ou não um diferencial no resultado da eleição. Como conclusão, identificámos o crescimento da busca pelos assuntos relacionados com as fake news analisadas conforme eles eram mencionados na campanha presidencial e principalmente no dia da eleição, quando essas mensagens poderiam ter um papel fundamental na escolha do voto.