Browsing by Author "Cunha, Joana Daniela Gomes da"
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- Experiências de pessoas idosas institucionalizadas sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e perceção do estado de saúdePublication . Cunha, Joana Daniela Gomes da; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Oliveira, José António Martinez Souto de; Duarte, PauloIntrodução: Os desenvolvimentos científico-técnicos e melhorias ao nível de saúde pública têm contribuído para o aumento da longevidade. Contudo, nem sempre o envelhecimento é acompanhado de qualidade de vida, sendo comum a baixa perceção da saúde. A institucionalização do idoso é uma resposta frequente à dependência, na ausência de soluções adequadas na comunidade e/ou família. A par desta realidade, as TIC têm vindo a instalar-se no dia-a-dia de todos, promovendo a comunicação e a construção de redes sociais, que não só minimizam as limitações impostas pela distância, como também podem desempenhar um papel essencial na integração/inclusão social das pessoas idosas. Este estudo pretende avaliar a perceção do estado de saúde e utilização das TIC por idosos institucionalizados, a possível relação entre estas dimensões, identificar quais as suas principais dificuldades e enumerar as características que esta população considera fundamentais num “equipamento ideal”. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, desenvolvido com uma amostra de conveniência, com 114 idosos, com idades compreendidas entre os 66 e 95 anos (M= 84.42; DP=6.585). Para esta investigação, foi elaborado um questionário original que, depois de validado, foi distribuído e aplicado em 5 Instituições/Lares de Terceira Idade ou Estruturas Residenciais para Idosos da Beira Interior e de Viseu. Resultados: Os resultados indicam que a maioria dos idosos avalia a sua saúde como “aceitável” (44 idosos, 38.6%) e “boa” (38 idosos, 33.3%). As TIC mais utilizadas são o telemóvel (78 idosos, 68.40%) e o computador (20 idosos, 17.40%), sendo que o uso do smartphone e do tablet é muito residual. Observa-se, com significância estatística, que aqueles que utilizam mais frequentemente o telemóvel apresentam pior perceção do estado de saúde (x2= 19.412; p=0.025). Constata-se que as principais atividades realizadas com as TIC são conversar com a família e amigos, verificando-se, com significância estatística, que os que referem ter medo na sua utilização, têm mais de 80 anos (x2= 20.222; p=0.027). Depreende-se, ainda, que 70 idosos (61.4%) referem sentir dificuldades na utilização dos equipamentos, sobretudo pela letra pequena, apontando o controlo de voz como a caraterística preferencial para o seu “equipamento ideal”. Verifica-se, também, que 103 idosos consideram as TIC importantes e 62 têm interesse na sua utilização. Conclusões: Este estudo alerta para a necessidade de desenvolver estratégias que permitam melhorar a perceção do estado de saúde dos idosos, bem como, fomentar a utilização das TIC no seu quotidiano, explorando os seus benefícios e asseverando a verdadeira inclusão social. Reconhece-se, também, a necessidade de realizar estudos, com amostras mais representativas.
