Browsing by Author "Dias, Camila da Silva"
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- Análise da relação entre workaholism, bem- estar subjetivo e distressPublication . Dias, Camila da Silva; Monteiro, Samuel José FonsecaO workaholism é um fenómeno crescente na sociedade atual, que pode ser definido como a compulsão ou necessidade incontrolável de trabalhar de forma excessiva, que se encontra associado com uma ruminação persistente e frequente acerca do trabalho, e uma priorização do trabalho em detrimento das atividades pessoais, que constitui, potencialmente, um risco e prejuízo (direto e indireto) para a saúde física e mental. O objetivo da presente investigação prende-se com a análise, teórica e empírica. acerca deste fenómeno, analisando a sua associação com o desenvolvimento de mal-estar subjetivo e sintomas de distress. O estudo realizado, de natureza metodológica quantitativa, assenta numa análise de dados recolhidos mediante a disseminação online de um inquérito que incluiu um questionário sociodemográfico/ocupacional, o Dutch Work Addiction Scale (DUWAS-10), o Kessler Psychological Distress Scale (K-10) e o Positive and Negative Affect Schedule (PANAS). A amostra utilizada na investigação é composta por 590 trabalhadores, com idades entre os 18 e os 66 anos, com uma média etária de 37.76 (DP = 12.464). Face aos objetivos empíricos foram realizados testes de diferença e de associação. De uma forma geral, no que concerne aos testes de diferença, os resultados desta investigação mostraram que as mulheres têm uma maior tendência para apresentar indicadores de Trabalho Excessivo. Os indivíduos entre os 18 e os 37 anos de idade apresentam mais sintomas de distress comparativamente aos indivíduos entre os 38 e os 66 anos de idade. Os indivíduos pertencentes a um estatuto socioeconómico mais elevado reportaram mais afeto positivo do que indivíduos com um estatuto socioeconómico mais baixo. Além disso, mediante a aplicação dos testes de associação, foram encontradas correlações positivas entre os indicadores do workaholism e o distress e entre os primeiros e o afeto negativo, sendo que ambas as relações assumem um caráter preditivo estatisticamente significativo. O presente estudo apresenta evidências empíricas que permitem, por um lado, relativizar o risco do trabalho excessivo e reforçar, por outro lado, das dimensões conceptuais do workaholism, a componente cognitiva, associada com a motivação interna e compulsiva para trabalhar, como a mais alarmante no que diz respeito ao desenvolvimento de sofrimento clinicamente significativo e de risco para a saúde.
