Browsing by Author "Dias, Pedro Daniel Costa"
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- Caracterização e influência dos acompanhantes nas consultas de diabetologia e a relação com a efetividade do tratamentoPublication . Dias, Pedro Daniel Costa; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A diabetes é uma das doenças mais prevalentes mundialmente com enormes consequências socioeconómicas associadas. O controlo glicémico periódico é fundamental para ajustar a terapêutica de forma individual, evitando assim a progressão da doença e o aparecimento precoce das suas complicações. A hemoglobina glicada apresenta inúmeras vantagens em relação a outros métodos para medição da glicemia, especificamente porque esta reflete a média de valores de glicemia durante as 8 a 12 semanas anteriores. Assim, a determinação semestral ou trimestralmente do valor da hemoglobina glicada tem sido preconizado como o método de eleição para o seguimento dos diabéticos. Frequentemente, o doente faz-se acompanhar por alguém durante as consultas médicas. Desta forma, torna-se pertinente perceber quais as causas que motivam o acompanhamento dos doentes, bem como se a presença de um acompanhante beneficia a efetividade do tratamento. Materiais e Métodos: Foi efetuado um estudo prospetivo com doentes seguidos na consulta de diabetologia, com consulta marcada entre maio e julho de 2015. Para cada indivíduo a recolha dos dados foi dividida em dois momentos: na primeira abordagem com o preenchimento de um questionário e recolha de dados do processo clínico, incluindo a hemoglobina glicada; após a consulta seguinte, com a recolha do valor da nova hemoglobina glicada. Recorrendo ao Statistical Package for the Social Sciences, foram testadas variáveis associadas à presença de acompanhante e à efetividade do tratamento. Resultados: 59% dos doentes que participaram no estudo foram à consulta sozinhos e os restantes 41% foram acompanhados. Os doentes com idade superior a 65 anos (p = 0,032) e os que apresentam menor nível de escolaridade (p = 0,003), vão mais frequentemente acompanhados às consultas. A hemoglobina glicada diminuiu em média 0,26%, do primeiro para o segundo momento nos dois grupos (p = 0,011). Houve tendencialmente uma diminuição superior no grupo dos doentes acompanhados (p = 0,425), sem relevância estatística. Conclusões: Os doentes compareceram à consulta acompanhados numa percentagem considerável. Quanto maior a idade e quanto menor o nível de escolaridade, maior é a probabilidade de os doentes se fazerem acompanhar. A influência do acompanhante durante a consulta foi maioritariamente positiva. Os doentes que foram acompanhados apresentaram tendencialmente uma efetividade do tratamento superior, uma vez que tiveram uma diminuição média dos valores da hemoglobina glicada mais pronunciada.
