Browsing by Author "Diogo, Sofia Andreia Pimenta"
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- Rastreio Auditivo Neonatal Universal no CHCB, uma análise retrospetiva (2011-2016)Publication . Diogo, Sofia Andreia Pimenta; Cerejeira, Rui António Soares; Duarte, VanessaIntrodução: A audição desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da linguagem e cognição. A perda auditiva limita a aquisição de competências linguísticas durante a fase crítica do desenvolvimento psicomotor e tem uma prevalência de 1-3/1000 nascimentos. O Rastreio Auditivo Neonatal Universal (RANU) permite a deteção precoce de hipoacusia, possibilitando uma intervenção atempada. Em Portugal, está recomenda a implementação de programas de RANU, seguindo os preceitos do Joint Comitee on Infant Hearing (JCIH). Todas as crianças devem ser testadas até aos 30 dias de vida e no caso de perda auditiva confirmada, a intervenção deverá ter início até aos seis meses. Objetivo: Avaliação da implementação do RANU realizado no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) nos últimos 5 anos e o seguimento a longo prazo das crianças de risco. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo por revisão dos processos clínicos de todos os recém-nascidos (RN) internados no Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, submetidos a avaliação audiológica inicial por otoemissões acústicas (OEA), complementada em fases subsequentes por potenciais evocados auditivos do tronco cerebral (PEATC). Foram analisadas as avaliações periódicas (AP). Estudo relativo ao período entre 1 de janeiro de 2011 e 1 de dezembro de 2016. Resultados: O rastreio auditivo é constituído por 3 fases segundo o binómio “passa”/“refere”. Foi aplicado a 3237 (95,1%) de um total de 3402 RN. Na primeira fase, aplicaram-se OEA antes da alta hospitalar, 15 RN (0,5%) não passaram e 165 (5,1%) não puderam ser avaliados, a maioria por falta de comparência (65,5%). Nas fases subsequentes foram aplicadas OEA e PEATC. Apenas 1 RN foi encaminhado à terceira fase. O índice de falsos positivos foi de 0%. O fator de risco (FR) mais frequente foi a história familiar de surdez (49,0%). 568 RN (16,7%) necessitaram de cuidados intensivos (CI) e 28 de cuidados diferenciados. Das 290 crianças acompanhadas em AP, apenas 100 (34,5%) não apresentaram intercorrências. Discussão e Conclusões: A implementação do RANU cumpriu com os indicadores de qualidade referidos pelo JCIH. Não se identificaram casos positivos no final das 3 fases do rastreio. Verificou-se um maior número de RN que necessitaram de CI relativamente ao que é referido pela JCIH. No entanto, não foi identificado nenhum caso de perda auditiva confirmada pelo RANU, e todas as crianças que concluíram as AP tiveram alta. As faltas de comparência mostraram ser a intercorrência mais frequente. De forma a melhorar o programa de rastreio do CHCB propõe-se a reorganização das fases de rastreio, a reformulação da Folha de Codificação dos FR, a adoção das guidelines da JICH relativamente à avaliação das crianças que necessitam de CI e entrega de um folheto informativo aos cuidadores no momento do rastreio.