Browsing by Author "Domingos, Ana Teresa Salvador"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Vacinação profilática contra o HPV: resultado de inquérito aplicado a médicos internos e especialistas da área de Ginecologia e ObstetríciaPublication . Domingos, Ana Teresa Salvador; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, Sara Monteiro Morgado DiasIntrodução: Desde o seu aparecimento em Portugal, em 2006, que as vacinas utilizadas no combate à infeção pelo Vírus do Papiloma Humano têm despoletado controvérsia sobre a sua aplicabilidade, segurança, eficácia e relação custo-benefício, especialmente devido ao seu tempo de utilização, de cerca de 9 anos. A sua administração em jovens (para já no sexo feminino) foi introduzida no Plano Nacional de Vacinação em 2008. A evidência científica sugere o benefício da vacinação para além das jovens abrangidas pelo Plano Nacional de Vacinação, pelo que se torna importante aumentar a adesão à vacinação. Várias estratégias têm sido utilizadas, nas quais a comunicação com os profissionais de saúde adquire forte relevância para o sucesso da implementação deste tipo de medidas preventivas. Os objetivos deste estudo foram inquirir do grau de implementação, concordância e aconselhamento por parte de médicos na área da Ginecologia e Obstetrícia sobre a utilização da vacinação profilática contra o Vírus do Papiloma Humano. Metodologia: Durante o 20º Congresso de Obstetrícia e Ginecologia (outubro 2014, Centro de Congressos Altis de Lisboa), foi distribuído um inquérito, por nós elaborado e validado, anónimo e de preenchimento voluntário, dirigido a internos e especialistas da área de Ginecologia e Obstetrícia. O inquérito consistiu de questões para caracterização demográfica, grau de concordância com a vacinação nos diferentes grupos etários e tipo de aconselhamento perante diferentes situações, nomeadamente relacionadas com o género. Resultados: Dos 206 profissionais que responderam ao inquérito, a maioria era do sexo feminino, especialistas e na faixa etária entre os 25 e os 40 anos. 98,5% referiram concordar com a inclusão da vacina no Plano Nacional de Vacinação, 86,3% aconselham todas as mulheres a serem vacinadas até aos 26 anos, 40,9% igualmente dos 27 aos 45 anos e depois dos 45 anos, apenas, 4,4% aconselham todas as mulheres. 79,1% dos inquiridos responderam que aconselham sempre as suas utentes a vacinarem as filhas (sexo feminino) e 37,4% aconselham as utentes a vacinarem os filhos (sexo masculino). Apenas 17,4% aconselham a vacinação do parceiro sexual da utente. Conclusão: Os médicos inquiridos demonstram elevada adesão para a vacinação das mulheres até aos 26 anos. Para a vacinação de mulheres com idades superiores aos 26 anos e no sexo masculino, há que desenvolver estratégias de sensibilização à classe médica.