Browsing by Author "Faria, Diogo Emanuel Carvalho"
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- Questões Éticas no Fim de Vida EutanásiaPublication . Faria, Diogo Emanuel Carvalho; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de; Abejas, Abel GarciaO médico como bom profissional é aquele que, usando os meios corretos, atinge os fins da medicina - o melhor para o doente e para estabelecer a sua saúde e, quando não é possível, prestar os melhores cuidados com dignidade. Com a evolução da tecnologia, a medicina conseguiu aumentar a esperança de vida, só que nem sempre com qualidade, tendo, sim, melhorado a forma de curar as pessoas e de as manter com vida. Centrada no curar e esquecida do cuidar, a medicina passou a confrontarse com dilemas crescentes nas questões relativas ao fim de vida, nomeadamente adequação da manutenção artificial da vida, condições médicas em que tratamentos curativos seriam considerados extraordinários ou desadequados, e desproporcionados e limites impostos à prática médica no momento de respeitar a vontade dos pacientes. No uso da sua autonomia, os doentes no fim das suas vidas ou com doenças incuráveis, pedem para serem mortos, utilizando de forma errada o conceito de Morte Medicamente Assistida, no sentido de “Eutanásia” ou “Suicídio Medicamente Assistido”. Este conceito de Morte Medicamente Assistida tem-se associado ao conceito de “boa morte”, que se refere a um fim de vida com dignidade e sem sofrimento, apelando ao principio de autonomia desde uma perspetiva utilitarista da fundamentação filosófica. No âmbito da Eutanásia, este conceito resume-se a abreviar a vida de um paciente de modo a libertá-lo deste sofrimento terminal, pois eliminando o sofrimento atingimos o bem máximo. No domínio dos Cuidados Paliativos, a “boa morte” refere-se a um conjunto de procedimentos, entre eles a sedação paliativa, que visam minimizar o sofrimento físico, psicossocial e espiritual destes pacientes. As Diretivas Antecipadas de Vontade na forma de “Testamento Vital” surgem como uma tentativa de responder a algumas destas questões éticas e jurídicas ao reforçar e respeitar a autonomia do paciente e, assim, sustentar as opções técnicas tomadas pelos profissionais de saúde.