Browsing by Author "Fernandes, Mariana Raquel Santos"
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- A Gravidez Molar. E depois?Publication . Fernandes, Mariana Raquel Santos; Moutinho, José Alberto Fonseca; Panaro, Mariana Pais de RamosIntrodução: A Mola Hidatiforme é uma entidade patológica, relativamente infrequente, pertencente ao leque de doenças designadas por Doença Trofoblástica Gestacional, que resultam de uma anormal proliferação e diferenciação do tecido trofoblástico. A Mola Hidatiforme é uma condição não maligna, mas com potencial de progressão oncológica, podendo ser ameaçadora da vida. Pelas suas características epidemiológicas, citogenéticas, patológicas, história natural e apresentação clínica, é dividida em Mola Hidatiforme Completa e Mola Hidatiforme Parcial. A existência de uma Mola Hidatiforme prévia e os extremos de idade materna (<20 anos e >35 anos), são os fatores de risco mais aceites para a ocorrência da doença. Outros fatores de risco estão descritos, porém não são consensuais. Objetivo: Analisar e discutir os dados relativos à incidência da Mola Hidatiforme, complicações e recidiva, como também verificar a existência posterior de aborto espontâneo ou gestação de termo sem intercorrências, nos casos ocorridos no Centro Hospitalar Cova da Beira, ao longo de 16 anos. Materiais e Métodos: Estudo observacional retrospetivo através de consulta de dados processuais de mulheres com o diagnóstico clínico de Mola Hidatiforme no Centro Hospitalar Cova da Beira no período entre janeiro de 2000 e dezembro de 2016 (n=10), tendo sido excluídas as mulheres sem confirmação histológica, perfazendo uma amostra final de 6 mulheres. A análise descritiva dos dados foi feita com base no software IBM SPSS Statistics e foram utilizados métodos de análise descritiva, como resumo de casos, análise de frequências e análise descritivas de variáveis. Resultados: No decorrer de 16 anos, foram diagnosticadas 6 mulheres com Mola Hidatiforme, confirmadas por relatório anatomopatológico, representando uma incidência de cerca de 0.55 por 1000 partos. A idade das mulheres diagnosticadas variou entre os 23 e 42 anos, sendo que apenas 1 (16,7%) dessas mulheres se encontrava no extremo de idade materna superior a 40 anos. Em 2 das pacientes (33,3%) o valor de ßhCG manteve-se elevado após evacuação do conteúdo uterino, tendo sido diagnosticadas com Mola Invasiva. Após o diagnóstico e tratamento da Mola Hidatiforme, 2 das mulheres (33,3%) voltaram a engravidar, alcançando ambas gestações de termo. As restantes 4 (66,7%) não tiveram mais gestações no período de tempo analisado. Não se verificaram recorrências de mola hidatiforme em nenhuma das pacientes. Discussão: Apesar do risco aumentado de recidiva, mulheres previamente diagnosticadas com mola hidatiforme podem esperar voltar a engravidar e alcançar uma gestação de termo, sendo, porém, recomendado um acompanhamento mais cuidadoso em todas as gestações futuras.
