Browsing by Author "Fernandes, Raquel Portela"
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- Abordagem ao estudo pelos alunos do curso de medicina da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira InteriorPublication . Fernandes, Raquel Portela; Neto, Isabel Maria FernandesIntrodução: A forma como os estudantes aprendem é influenciada por características individuais, mas o ambiente de aprendizagem é determinante nesse processo. Por outro lado, a organização do currículo de forma a que a aprendizagem seja feita em diferentes contextos, clínico e não clínico, pode também determinar diferentes abordagens ao estudo. Na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade da Beira Interior (UBI) o currículo de Medicina está organizado de forma integrada por órgãos e sistemas, sendo nas áreas não clínicas utilizadas abordagens pedagógicas centradas no aluno com uma componente maioritariamente tutorial enquanto nos últimos anos a aprendizagem é feita quase exclusivamente em contexto clínico com a componente tutorial mais reduzida. Objetivos: 1) Comparar os tipos de estudo entre blocos de anos não clínicos e blocos de anos clínicos de áreas científicas complementares e entre módulos/blocos de áreas científicas diferentes; 2) Avaliar a influência que as características sociodemográficas e outras variáveis podem ter na forma como os alunos estudam. Métodos: A versão reduzida do Study Process Questionnaire (R-SPQ-2F) foi aplicada aos alunos dos 1º, 2º, 4º e 5º anos do Mestrado Integrado de Medicina da FCS-UBI, até 3 meses após a avaliação de conhecimentos em áreas curriculares especificas. Foram ainda recolhidos dados sociodemográficos da população em estudo. Foi realizada análise estatística (estatística descritiva e analítica, com comparação de médias através do t-Student e Mann-Whitney e correlações com os testes de Pearson e Spearman), tendo sido considerados significativos os valores de p <0,05. Resultados: Numa população alvo de 915 estudantes, 422 (46,1%) completaram o questionário. Verificou-se que nos anos não clínicos predomina o estudo profundo relativamente aos anos clínicos (p <0,001). Relativamente ao estudo superficial não existem diferenças estatisticamente significativas entre anos não clínicos e clínicos. No estudo superficial predomina a abordagem estratégica sobre a motivacional quer em contexto clínico (p <0,001) quer em contexto não clínico (p <0,001). Não há diferenças significativas entre blocos pertencentes a áreas científicas diferentes. Conclusão: Verificou-se que em contexto clínico o estudo é menos profundo relativamente ao que acontece em anos não clínicos. Esta constatação poderá ter relação com as metodologias pedagógicas adotadas, mas também com a importância que a aquisição de conhecimentos pode ter nos anos clínicos, uma vez que nestes anos são valorizadas outras capacidades para além da componente cognitiva. O tipo de estudo parece manter-se em blocos pertencentes ao mesmo ano letivo, independentemente da área a que pertençam.