Browsing by Author "Ferreira, Diana Sofia Almeida"
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- Diagnóstico de Osteoporose em doentes com Espondilartrite Axial – análise numa Unidade de Reumatologia da Beira InteriorPublication . Ferreira, Diana Sofia Almeida; Abreu, Pedro Miguel Martins de AzevedoIntrodução: A osteoporose (OP) é comum na espondilite anquilosante, relacionada tanto à inflamação sistémica quanto à diminuição da mobilidade. O risco de fratura vertebral está aumentado. A maioria dos estudos mostra que pacientes com espondilartrite axial (axSpA) têm prevalência de OP maior do que a esperada na população geral. Objetivos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo e observacional sobre a prevalência de OP, em adultos, com axSpA. Métodos: Realizou-se um estudo observacional monocêntrico, transversal, envolvendo doentes com critérios de classificação ASAS para espondilartrite seguidos numa Unidade de Reumatologia, em Portugal, entre Março.2011 e Dezembro.2022. Recorreu-se, retrospetivamente, a base de dados, recolhendo variáveis relacionadas com axSpA (variáveis sociodemográficas e clínicas), incluindo parâmetros biológicos. Parâmetros de saúde óssea foram adicionados, incluindo densitometria óssea, presença de sindesmófitos, histórico de fraturas de fragilidade e tratamento anti-osteoporótico. A OP foi definida por um T-score femoral ou lombar abaixo de -2,5 e/ou história de fratura osteoporótica e/ou prescrição de fármacos antiosteoporóticos. Resultados: Foram avaliados no estudo 43 pacientes (22 mulheres (51,2%); 21 homens (48,8%)), com idade média de 52,19±10,9 anos e tempo de duração de doença de 6,69± 8,9 anos. A média do IMC foi de 26,84Kg/m2. Em relação aos medicamentos antirreumáticos modificadores da doença, apenas um paciente (2,33%) utilizava metotrexato. 21 pacientes (48,84%) utilizavam biológicos. Cinco pacientes (11,63%) eram fumadores. As duas comorbilidades mais prevalentes foram hipertensão arterial e obesidade (cada uma com 11 e 9 pacientes, respetivamente). Os níveis de vitamina D (T0) foram menores (19,54ng/ml) do que o normal (>30ng/ml). A densidade mineral óssea foi avaliada por densitometria na coluna lombar e colo do fémur em 10 pacientes (23,26%). Segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), três pacientes (30%) apresentaram OP e cinco (50%) osteopenia. Apenas um realizava tratamento antiosteoporótico. 15 pacientes (34,88%) efetuavam suplementação com vitamina D e 1 (2,33%) simultaneamente com cálcio e vitamina D. Dois pacientes apresentaram fraturas prévias de baixo impacto. A presença de sindesmófitos foi encontrada em três pacientes (6,98%). Conclusão: O rastreio de OP foi possível em 10 pacientes acompanhados por axSpA. Devido a recursos limitados, o acesso a densitometria foi reduzido, contribuindo para um possível atraso no diagnóstico de baixa densidade mineral óssea. Nestes 10 pacientes, este trabalho mostrou que 30% apresentava OP e 50% osteopenia de acordo com os critérios da OMS. A prevalência de fraturas vertebrais no nosso estudo foi 4,65%, inferior às usualmente relatadas na literatura. A relação entre OP e fraturas vertebrais na axSpA precisa ser estabelecida, mas o tamanho da amostra não foi grande o suficiente para permitir tirar conclusões definitivas.