Browsing by Author "Ferreira, Edmundo Miguel Andrade"
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- Alterações ecocardiográficas nos pacientes com AVC agudoPublication . Ferreira, Edmundo Miguel Andrade; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: O Acidente Vascular Cerebral é considerado, actualmente, a primeira causa de morte em Portugal e a segunda principal causa de morte no mundo. Na fase de diagnóstico destaca-se a realização da ecocardiografia: transtorácica ou transesofágica. O intuito da realização de uma ecocardiografia é o de permitir a verificação da existência de fontes cardioembólicas, detectar anomalias cardiovasculares com potencialidade embolígena e identificar situações clínicas cardíacas, que possam ser alvo de intervenção terapêutica para uma melhor organização dos cuidados posteriores. Objectivos: Analisar as alterações ecocardiográficas encontradas nos doentes com AVC agudo e relacionar as alterações ecocardiográficas com os tipos de AVC isquémico (incluindo os seus subtipos) e AVC hemorrágico, de pacientes internados no Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.. Materiais e métodos: Neste estudo clínico retrospectivo foram analisados os relatórios do ecocardiograma dos pacientes internados, entre Janeiro de 2007 e Dezembro de 2008, na Unidade de Acidente Vascular Cerebral, com diagnóstico confirmado de AVC. Estes pacientes foram classificados de acordo com os critérios de TOAST. Foram analisadas as seguintes alterações ecocardiográficas: dilatação das cavidades cardíacas; hipertrofia do ventrículo esquerdo; regurgitações (aórtica; mitral; tricúspide e pulmonar); estenose aórtica; estenose mitral; hipertensão pulmonar; disfunção diastólica; fracção de ejecção e alterações ecocardiográficas. Resultados: No período de análise foram internados na UAVC do CHCB, E.P.E. 587 pacientes diagnosticados com AVC (13,8% AVC hemorrágicos e 86,7% AVC isquémicos). Desses, 372 pacientes reuniram as condições necessárias para serem incluídos neste estudo, sendo 91,4% pacientes diagnosticados com AVC isquémico e 8,6% pacientes diagnosticados com AVC hemorrágico. No que concerne ao AVC isquémico, este foi classificado em subtipos, de acordo com os critérios de TOAST. Assim, verificou-se a existência de 105 pacientes com AVC cardioembólico (31%), 35 pacientes com AVC aterotrombótico (10%), 45 pacientes com AVC lacunar (13%) e 155 pacientes com AVC de causa indeterminada (46%). A grande maioria (97,3%) dos pacientes com AVC tem alteração dos parâmetros ecocardiográficos; destes aproximadamente dois terços têm três ou mais alterações. A alteração do parâmetro ecocardiográfico mais frequente é a valvulopatia (78,50%), a maioria de tipo regurgitação valvular. Apesar de o AVC cardioembólico apresentar maior percentagem de alterações dos parâmetros ecocardiográficos, a prevalência é, também, elevada nos outros subtipos de AVC isquémico (aterotrombótico e lacunar). A prevalência de estenose mitral é de 3,8% no AVC cardioembólico. Conclusão: A grande maioria dos doentes com AVC apresenta múltiplas alterações ecocardiográficas. Apesar de os AVC de tipo cardioembólico evidenciarem um maior número de alterações, todos os restantes tipos de AVC estão, também, associados a importantes alterações ecocardiográficas.
