Browsing by Author "Figueiredo, Daniela Cristina Coelho Fernandes de"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Avaliação da qualidade de vida em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica – Aplicação do CATPublication . Figueiredo, Daniela Cristina Coelho Fernandes de; Lourenço, Olga Maria Marques; Valente, Maria de La Salete BeirãoO presente relatório para a obtenção do grau de mestre é composto por três capítulos distintos, sendo o Capítulo I referente à vertente de investigação, seguindo-se a experiência profissionalizante em Farmácia Comunitária (Capítulo II) e em Farmácia Hospitalar (Capítulo III). No Capítulo I consta a componente de investigação na qual foi abordada a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC). A DPOC é uma patologia caraterizada por uma limitação persistente do débito aéreo que é geralmente progressiva. O COPD Assessment Test (CAT) é um instrumento rápido e fácil de utilizar para a medição da qualidade de vida em doentes com DPOC. O presente estudo teve como principal objetivo a avaliação do impacto da DPOC na qualidade de vida de doentes residentes na Cova da Beira. A amostra incluiu doentes com DPOC do serviço de Pneumologia do Hospital Pêro da Covilhã. A recolha de dados decorreu entre os meses de novembro de 2013 e abril de 2014 e incluiu o preenchimento de um questionário estruturado e a consulta de processos clínicos. A severidade da doença foi avaliada por espirometria e classificada segundo a Global Iniciative for Obstrutive Lung Disease (GOLD). O impacto da DPOC na qualidade de vida foi avaliado pelo CAT. Foram recrutados 84 indivíduos com DPOC seguidos nas consultas de Pneumologia. 92.9% dos inquiridos pertenciam ao sexo masculino (média de idades de 69.3 anos). Nesta amostra, 63,1% eram ex-fumadores e 25% fumadores. Apenas 27.4% dos inquiridos apresentava antecedentes familiares da doença. A maior parte dos indivíduos da amostra encontrava-se no estadio II da doença (53.6%) seguindo-se os que estavam no estadio I (20.2%) e estadios III e IV (ambos com 13.1%). Cerca de 48.8% apresentava mais do que três comorbilidades sendo que apenas 4.8% da amostra em estudo não ostentava nenhuma doença concomitante. Relativamente a hospitalizações 77.4% não apresentou nenhuma no último ano devido à doença, 65.5% não apresentou nenhuma exacerbação e apenas 27.4% fazia oxigenoterapia. Quanto ao Volume Expirado Forçado no 1º Segundo (FEV1) este apresentava valores que variavam entre 21.8 e 116.0, com média de 63.4. As pontuações do CAT dos 84 inquiridos variavam entre 6 e 37. A categorização das pontuações mostrou que mais de metade tem um impacto clínico moderado (56.0%), seguindo-se os que têm um impacto severo (27.4%). Apenas 7.1% apresentou um impacto muito severo da DPOC na qualidade de vida. O coeficiente de correlação de Pearson (p <0.01) mostrou a existência de uma correlação negativa forte entre a pontuação do CAT e o FEV1. Comparando a pontuação do CAT com o grau da doença, utilizando uma ANOVA, verifica-se um aumento na pontuação do CAT quando se avança do estadio I para o estadio IV da doença (p <0.001). Relativamente ao sexo existem diferenças estatisticamente significativas nas pontuações do CAT (p =0.039) tendo as mulheres apresentado pontuações superiores às dos homens. Verificou-se uma correlação positiva com o número de exacerbações (p <0.001) e de hospitalizações (p <0.001). Existe também uma correlação positiva com a idade (p = 0.040) e com o número de comorbilidades (p = 0.014). De entre todas as comorbilidades, as doenças cardíacas, entre as quais a hipertensão arterial (p = 0.002), insuficiência cardíaca congestiva (p <0.001) e arritmia (p = 0.003) mostraram diferenças estatisticamente significativas relativamente aos indivíduos que não as possuíam. Também se verificou uma diferença estatística nos doentes que apresentavam osteoporose (p=0.018) e apneia do sono (p=0.017). Em suma, este estudo mostrou que a qualidade de vida medida pelo CAT piora com a severidade da obstrução do fluxo. Além disso, os indivíduos do sexo feminino e aqueles com exacerbações e hospitalizações apresentaram pior qualidade de vida. No Capítulo II é descrito o estágio curricular em Farmácia Comunitária realizada na Farmácia da Alameda, na Covilhã entre os dias 3 de fevereiro e 25 de abril de 2014. Sob a orientação do Dr. Jacinto Campos, especialista em Farmácia Comunitária, tive a oportunidade de contactar com o dia a dia de um farmacêutico comunitário. O facto de me ter sido dada muita autonomia na realização de todas as tarefas foi bastante importante para o desenvolvimento de competências essenciais ao meu futuro como farmacêutica. Pretende-se com este capítulo a descrição das atividades desenvolvidas no âmbito do estágio em Farmácia Comunitária. O Capitulo III relata o estágio em Farmácia Hospitalar decorrido entre 28 de abril e 20 de junho no Centro Hospitalar Cova da Beira sob a orientação da Dra. Olímpia Fonseca. O contacto com a realidade hospitalar veio complementar a minha aprendizagem, tornando as minhas competências mais vastas visto ter podido contactar com outra realidade e terapêuticas que não se observam na vertente de Farmácia Comunitária. Com este relatório pretende-se a descrição de todas as atividades desenvolvidas durante o estágio nos Serviços Farmacêuticos do CHCB.