Browsing by Author "Filipe, Juliana Faria"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Estudo do efeito do Octilmetoxicinamato (OMC) em artérias umbilicais humanasPublication . Filipe, Juliana Faria; Lusquinos, José Ignacio Verde; Oliveira, Maria Elisa Cairrão RodriguesIntrodução: O octilmetoxicinamato é um dos filtros de radiação ultravioleta B mais utilizados em protetores solares e produtos cosméticos. Após alguns estudos in vitro e in vivo, há a suspeita de que possa atuar como disruptor endócrino, com possível atividade estrogénica e anti-tiroideia. É absorvido pela pele, sendo detetado no plasma depois da sua aplicação tópica. Também foi detetado em amostras do leite materno humano. Dada a sua natureza lipofílica, tende a acumular-se no ambiente e foi considerado uma substância de grande preocupação relativamente ao seu risco para a saúde. Ainda não foram elaborados estudos de modo a avaliar a sua ação no sistema cardiovascular, mas pensa-se que poderá ter efeitos semelhantes aos do estrogénio. A sua ação no músculo liso pode ser desencadeada por vias genómicas e não genómicas que podem ser dependentes ou independentes do endotélio. Objetivo: Avaliar os efeitos do octilmetoxicinamato no músculo liso das artérias umbilicais humanas sem endotélio, de modo a analisar os seus possíveis efeitos não genómicos independentes do endotélio, e se estes se assemelham aos do estrogénio, a nível vascular. Material e Métodos: Utilizando a técnica de banho de órgãos, anéis de artérias umbilicais humanas sem endotélio foram contraídas com serotonina 1µM e cloreto de potássio 60mM. O efeito do octilmetoxicinamato a diferentes concentrações foi analisado. Todos os procedimentos realizados foram aprovados pelo Comité de ética do Centro Hospitalar da Cova da Beira E.P.E. Resultados: Observou-se um efeito um efeito de vasorelaxamento, nas artérias umbilicais humanas sem endotélio contraídas com serotonina 1µM e com cloreto de potássio 60mM. Ocorreu um relaxamento semelhante entre os dois agentes contráteis nas diferentes concentrações, com efeito máximo na concentração 5x10-5M, para os dois agentes contracteis analisados. Discussão: O octilmetoxicinamato poderá desencadear o vasorelaxamento, de uma forma semelhante ao 17ß-Estradiol, por um mecanismo não genómico e independente do endotélio. Não existem estudos publicados relativamente ao efeito do octilmetoxicinamato a nível vascular, bem como o seu possível papel como disruptor endócrino e no desenvolvimento de patologias cardiovasculares. O presente estudo foi pioneiro nesse sentido. São necessários estudos adicionais de modo a averiguar se o seu mecanismo de ação está relacionado com a ativação do recetor GPR30. Conclusão: O octilmetoxicinamato tem um efeito não genómico vasorelaxante em artérias umbilicais humanas através de um mecanismo independente do endotélio.
