Browsing by Author "Fonseca, Ana Catarina Escola da"
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- Estado nutricional: relação com a actividade física e doenças crónicas em idosos institucionalizadosPublication . Fonseca, Ana Catarina Escola da; Correia, João José Santiago AlvesIntrodução O envelhecimento acarreta inúmeras alterações fisiológicas, psicológicas, económicas e sociais. Acompanhando-se muitas vezes de situações patológicas que influenciam o estado nutricional dos idosos, sendo este imprescindível para a manutenção de um bom estado físico e mental daqueles. Objectivos Determinar o estado nutricional de uma amostra de idosos institucionalizados e inferir da relação entre este e dados demográficos (sexo e idade), proveniência do idoso, duração da estadia na instituição, presença de problemas que afectam a ingestão alimentar e de doenças crónicas, quantidade de medicamentos habitualmente tomados, capacidade funcional e prática de actividade física. Materiais e Métodos Analisaram-se os processos clínicos dos utentes e registaram-se a data da institucionalização, a proveniência do utente, assim como as patologias e medicação de cada um. Efectuou-se ainda o registo da perda de apetite, da dificuldade de mastigação e/ou deglutição e do peso habitual, quando disponível no processo. A avaliação funcional dos idosos desenvolveu-se com base no Índice de Barthel modificado e assinalaram-se os idosos que praticavam ou não actividade física, sem especificação da intensidade da mesma. Seguiu-se a avaliação antropométrica e laboratorial de cada idoso; foram criados dois grupos (desnutridos e não desnutridos) com recurso à conjugação destes dois conjuntos de parâmetros. Por último, fez-se a análise estatística de dados utilizando os métodos adequados. Resultados Cerca de 58,49% dos idosos avaliados encontravam-se desnutridos; dentro destes predominavam indivíduos do sexo masculino. Relativamente à idade, proveniência dos idosos, instituição onde residem, duração da institucionalização, doenças crónicas apresentadas e quantidade de medicação tomada não há diferença estatisticamente significativa entre o grupo dos desnutridos e o grupo dos não desnutridos. Foi evidente que os idosos incluídos no último apresentam maior independência funcional; não foi notória uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos no que respeita a prática de exercício físico. O grupo dos desnutridos apresenta maior proporção de idosos com diminuição do apetite, dificuldade na mastigação e/ou deglutição e perda de peso do que o outro grupo (p <0,05). Quanto aos valores das medições antropométricas e índices calculados são mais elevados nos idosos não desnutridos, sendo a diferença entre grupos estatisticamente significativa. O mesmo aconteceu com os parâmetros laboratoriais utilizados na avaliação nutricional. Verificou-se ainda que a maioria dos idosos institucionalizados pertence ao sexo feminino (81,13%) e padece de doenças crónicas (99,05%); com o envelhecimento há uma tendência à perda de peso, diminuição do apetite, diminuição da capacidade funcional e aumento da gordura visceral (p <0,05). Para além disto, foi clara a relação entre a prática de exercício físico e melhor capacidade funcional; esta prática revelou-se pouco frequente entre as mulheres e entre os doentes com patologia do foro neuro – psiquiátrico. Finalmente, evidenciou-se o aumento da massa corporal com esta prática, tanto à custa do compartimento de massa magra como de massa gorda. Conclusões É fundamental avaliar o estado nutricional dos idosos com regularidade visando a identificação de factores de risco específicos que possam afectar negativamente o estado nutricional e fomentar a prática de exercício físico, prevenindo assim eventuais problemas de saúde que possam surgir e melhorando a capacidade funcional dos idosos. Contudo, não existe um consenso quanto ao melhor método para a avaliação supramencionada, nem valores de referência específicos para a faixa etária em questão.