Browsing by Author "Gaspar, Daniela Morgado"
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- Hemorragia Cerebral em Doentes AnticoaguladosPublication . Gaspar, Daniela Morgado; Álvarez Pérez, Francisco JoséIntrodução: A terapia anticoagulante é usada na prevenção de eventos tromboembólicos em doentes sob risco. Esta mostrou-se efetiva na redução do risco de enfarte nestes pacientes. Contudo, é um fator de risco independente para a expansão e morte por hemorragia intracraniana. (1) (2) O objetivo deste estudo é determinar a prevalência de hematomas cerebrais associados à anticoagulação oral e definir as características clínicas e imagiológicas dos mesmos. Materiais e metodologia: Estudo retrospetivo com duração de 5 anos (2008-2012). A amostra em estudo consiste nos doentes internados, por AVC hemorrágico, na unidade de AVC do Centro Hospitalar Cova da Beira durante este período. A análise estatística dos dados foi realizada com recurso ao software IBM SPSS Statistics versão 24.0. Resultados: Doentes anticoagulados apresentam uma média de idades estatisticamente superior em relação aos doentes que não faziam terapia anticoagulante/antiagregante. Encontramos maiores percentagens de doença cardiovascular em doentes antiagregados e nestes ocorre atingimento de zonas cerebrais profundas com mais frequência. Já no caso dos doentes anticoagulados, a zona cerebral que é afetada com mais frequência é o córtex. Os parâmetros bioquímicos analisados parecem não sofrer influência do estado de coagulação. O valor INR encontra-se estatisticamente mais elevado no grupo dos anticoagulados. Verificou-se ainda que nos doentes hipertensos são atingidas zonas cerebrais mais profundas o que acarreta piores resultados funcionais, estando este parâmetro associado a maiores graus de dependência nas atividades de vida diária. Fatores como ressangramento e a presença de hidrocefalia parecem contribuir para maiores percentagens de mortalidade e estão também associados a maiores graus de dependência. Conclusão: A terapia anticoagulante pode contribuir para hemorragias cerebrais mais extensas e piores resultados funcionais. Contudo existem outros fatores a ter em linha de conta que podem ter forte influência no desfecho final como é o caso da existência de fatores de risco/ comorbilidades, território vascular afetado e zona cerebral atingida. Dada a importância e eficácia da terapia anticoagulante é importante reconhecermos estes fatores que são na sua maioria passíveis de controlo dado que, na maior parte dos casos, é extremamente difícil ou impossível abdicar desta terapia.