Browsing by Author "Gomes, Ana Rute Monteiro da Fonseca Oliveira"
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- Autonomia em fim de vida: eutanásiaPublication . Gomes, Ana Rute Monteiro da Fonseca Oliveira; Abejas, Abel GarciaIntrodução: A eutanásia constitui um problema ético. A educação médica e experiência clínica influenciam a capacidade deliberativa. À semelhança da Europa, a aceitação social da eutanásia tem aumentado em Portugal. Importa compreender a atitude dos médicos do futuro relativamente à eutanásia uma vez que a sua prática clínica poderá ser confrontada com eventuais alterações da legislação. Objetivo: Observar a compreensão dos estudantes em questões de fim de vida relacionadas com a eutanásia, comparando entre dois grupos – em início e no final da formação pré-graduada, respetivamente. Material e métodos: Este é um estudo descritivo e transversal. A população alvo constitui os alunos do 1º e 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade da Beira Interior ao ano letivo 2019/20; composta por 330 alunos. Por metodologia Delphi, contrui-se um questionário de 7 perguntas. Questionou-se se o caso Vincent Lambert se tratava de eutanásia. Pesquisou-se a concordância relativamente à remoção das medidas de suporte de vida. Sondou-se a opinião sobre o impacto dos estágios curriculares e formação em ética na preparação para gerir decisões de fim de vida. Posteriormente, procedeu-se à análise estatística, através do programa Statistical Package for Social Sciences® versão 26, utilizando-se o teste Qui-quadrado, teste Mann-Whitney e teste exato de Fisher. Resultados: Dos 101 alunos que integraram o estudo, a maioria (65,3%) considerou o caso eutanásia, opção concordante entre os dois anos (p=0,398), classificada mais frequentemente como passiva (63,1%). A maioria dos participantes (61,4%) manifestou-se a favor da remoção das medidas de suporte de vida, sobretudo os alunos de 1º ano (71,2% contra 51,0% do 6º ano, p=0,038). Os alunos finalistas mostraram-se mais discordantes (65,3%) da capacidade formativa do estágio na preparação para gerir dilemas de fim de vida. Os alunos de 1ºe 6º ano revelaram-se satisfeitos com a capacitação adquirida pela formação curricular em ética (61,5% e 59,2%, respetivamente). Conclusão: A maioria dos alunos em estudo considera o caso apresentado como eutanásia, revelando que não distinguem moralmente entre eutanásia e ortotanásia. Recomenda-se a dinamização de estratégicas formativas com um enfoque mais prático no ensino da ética médica.