Browsing by Author "Henriques, Joana Barros"
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- O efeito das alterações dos índices plaquetários no diagnóstico e prognóstico do enfarte agudo do miocárdio nos pacientes do Centro Hospitalar Cova da Beira entre 2010 e 2011Publication . Henriques, Joana Barros; Branco, Vítor Alexandre Pereira GonçalvesIntrodução: Sendo as Doenças cardiovasculares (DCV) a principal causa mundial de morte prematura, e o Enfarte agudo do miocárdio (EAM) uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, torna-se imperativo estudar os contributos para o diagnóstico atempado e para a estratificação do prognóstico desta patologia aguda. Juntamente com alguns, já conhecidos, fatores de diagnóstico ou prognóstico do EAM, tais como a idade, o excesso de peso, as alterações do segmento ST no eletrocardiograma, os marcadores de necrose miocárdica e o score GRACE, os promissores índices plaquetários serão estudados quanto ao seu valor nos pacientes com diagnóstico de EAM do CHCB, entre 2010 e 2011. Metodologia: Foram considerados para o estudo todos os pacientes com EAM do CHCB, entre 2010 e 2011, sendo no seu total 304 doentes. Para obtenção dos dados procedeu-se à recolha de informação dos processos clínicos no CHCB. Obtiveram-se os seguintes índices plaquetários: Volume plaquetar médio (VPM), Índice de variação dos volumes plaquetários (PDW), Plaquetócrito (PTC) e Contagem de plaquetas (PLT). Posteriormente, procedeu-se à sua análise quantitativa, realizada com o software IBM SPSS versão 22.0. Resultados: Constata-se que a maioria dos doentes era do sexo masculino com uma idade média de 72 anos e apresentava excesso de peso ou mesmo obesidade. Verificou-se que os doentes em que ocorreu morte intra-hospitalar ou aos 6 meses (81,8 ± 9,0) tinham uma média etária significativamente superior aos que sobreviveram (69,8 ± 12,8). Não se encontrou qualquer relação entre os índices plaquetários e o diagnóstico e prognóstico do EAM, no entanto os elementos do sexo feminino (0,21 ± 0,08) tinham uma percentagem média de PTC significativamente superior aos do sexo masculino (0,19 ± 0,06). Observou-se também que para os doentes cuja troponina era normal, a morte intra-hospitalar ou aos 6 meses não ocorreu em nenhum, no entanto nos doentes com elevação da troponina, houve mortalidade de 22,7%. Por fim, constatou-se a existência de uma correlação estatisticamente significativa entre o risco intra-hospitalar e aos 6 meses, calculado pelo score GRACE, e a mortalidade intra-hospitalar e aos 6 meses observada. Conclusão: O presente estudo não conseguiu concluir que as alterações nos índices plaquetários têm alguma relação com o diagnóstico e prognóstico do EAM. Mas a idade avançada, o sexo masculino e o excesso de peso continuam a ser fatores de risco relevantes para EAM, tal como a idade avançada e as troponinas elevadas permanecem como fatores de mau prognóstico. Relativamente ao score GRACE, este deve ser considerado para o cálculo à admissão do risco de morte intra-hospitalar e aos 6 meses, de todos os doentes admitidos com EAM.