Browsing by Author "Jacinto, Daniela Filipa Flores"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Análise do Papel Neuroprotetor da Proteína DJ-1 na Doença de ParkinsonPublication . Jacinto, Daniela Filipa Flores; Baltazar, Graça Maria FernandesO stresse oxidativo é considerado um dos fatores chave no desencadeamento e progressão de diversas doenças neurodegenerativas. Uma vez que a perda progressiva de neurónios dopaminérgicos na substância nigra pars compacta constitui a principal característica da doença de Parkinson e que esta população neuronal está sujeita a elevados níveis de stresse oxidativo, sugere-se que este possa estar na base da grande vulnerabilidade destes neurónios. A DJ-1 é uma pequena proteína com papel neuroprotetor em situações de stresse oxidativo e que tem sido associada à DP esporádica. Apesar das múltiplas funções atribuídas a esta proteína, o seu papel neuroprotetor possui grande relevância nesta patologia, uma vez que ela funciona como um sensor de stresse oxidativo. A DJ-1 é expressa quer por neurónios, quer por astrócitos, localizando-se no citoplasma, núcleo celular, mitocôndria e também extracelularmente. A sua libertação para o meio parece ser facilitada por oxidação. Este trabalho pretendeu avaliar o papel protetor da DJ-1 extracelular usando como modelo experimental culturas primárias de neurónios do mesencéfalo ventral e co-culturas de neurónios e astrócitos. A lesão neuronal foi induzida por exposição ao estímulo oxidante, H2O2, numa concentração à qual apenas os neurónios dopaminérgicos foram lesados. Ao contrário do esperado a lesão dopaminérgica não foi afetada pela presença de astrócitos. Estudos de imunodepleção da DJ-1 presente no meio mostraram que esta promove a proteção dopaminérgica quer em condições controlo quer após exposição a lesão oxidativa. Por quantificação da DJ-1 presente no meio mostrámos que esta é secretada e que a exposição a H2O2 estimula a sua libertação. Com recurso ao uso de DJ-1 conjugada ao fluoróforo Alexa 488 confirmámos a capacidade dos neurónios em captar a proteína extracelular. No entanto, apenas uma pequena percentagem dos neurónios apresentaram incorporação significativa e curiosamente nenhum dos neurónios dopaminérgicos presentes incorporou a proteína marcada, pelo que não é clara a relevância desta recaptura para a proteção neuronal observada. Em conjunto os resultados obtidos mostraram que neurónios e astrócitos mesencefálicos têm a capacidade de libertar DJ-1, quer em condições basais quer em condições oxidantes, e que a proteína secretada para o meio é relevante para a sobrevivência dopaminérgica. Verificámos ainda que a DJ-1 extracelular pode ser recaptada por neurónios, o que sugere uma ação parácrina desta proteína.