Browsing by Author "Lobo, Andreia Filipa Liberato"
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- Complicações do tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço em mulheres (Sling e Mini-Sling)Publication . Lobo, Andreia Filipa Liberato; Gonçalves, António Humberto Sena; Oliveira, José António Martinez Souto deIntrodução: É definida a incontinência urinária de esforço como a perda involuntária de urina por esforço, exercício, espirro ou tosse. Como opções terapêuticas são consideradas alteração de estilos de vida, fisioterapia ou alternativas farmacológicas. Quando estas modalidades não proporcionam um alívio sintomático adequado, a cirurgia é frequentemente a única opção disponível para melhorar a qualidade de vida da doente. As próteses suburetrais têm-se tornando o procedimento cirúrgico preferencial para correção da incontinência urinária de esforço. Para além dos Slings tradicionais (TVT), foram desenvolvidos os Mini-Slings, com características e método de utilização diferentes (TVT Secur®, MiniArc®, Ophira® , Ajust®,Needleless®, Solyx®). Objectivos: Aferir quais as complicações pós-cirúrgicas, até um ano, em doentes tratadas com próteses suburetrais para correção de Incontinência urinária de esforço no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia (SOG) do Centro Hospitalar cova da Beira, EPE (CHCB). Método: Estudo retrospectivo, baseado na recolha de dados dos processos clínicos das utentes que foram submetidas no SOG a tratamento cirúrgico da incontinência urinária de esforço, no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2006 e 31 de Dezembro de 2011. Os dados foram codificados e analisados estatisticamente recorrendo ao programa SPSS – Statistical Package for Social Sciences (versão 17.0). Resultados: A amostra foi constituída por 168 mulheres, cuja moda de distribuição etária corresponde ao grupo 46-55 anos (40,1%). As taxas de cura relativamente à incontinência urinária com a utilização do Sling (n=132) e do Mini-Sling (n=36) atingiram 100% no período de internamento. As taxas de cura seis semanas após a cirurgia diminuíram para ambos os dispositivos, mais pronunciadamente para o Sling (71,2%), comparativamente ao Mini-Sling (91,6%). Seis meses após a cirurgia, a taxa de cura aumentou para o Sling (76,4%) e diminuiu para o Mini-Sling (85,5%). Um ano após a cirurgia as taxas de cura foram 85,5% e 88,9%,para o Sling e Mini-Sling respectivamente. As complicações reportadas foram lesão vesical e de outros órgãos (1,5%) para o Sling, e retenção urinária (2,8%) e recidiva de cistocelo (1,4%) para o Mini-Sling. As queixas mais comuns ao longo do estudo foram dor pélvica (3,8%), dispareunia (0,4%) e desconforto na virilha (varia entre 6,7% e 0,7% ao longo do estudo) para o Sling. Conclusão: As taxas de cura de incontinência urinária um ano após a cirurgia, tanto para o Sling, como para o Mini-Sling foram sobreponíveis às referidas na literatura, enquanto que foram menores as taxas de complicações e queixas relacionadas com as intervenções.