Browsing by Author "Lopes, Diana Filipa Ferreira"
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- Expressão imunohistoquímica da proteína p53 no adenocarcinoma colorretal e a sua correlação com o grau de diferenciação histológico, localização e prognósticoPublication . Lopes, Diana Filipa Ferreira; Muñoz Moreno, JavierO cancro colorretal é o terceiro cancro mais comum a nível mundial e o segundo mais mortal, registando-se um aumento crescente do número de casos. Em Portugal, este tipo de cancro ocupa o primeiro lugar em termos de incidência, com baixa sobrevida aos 5 anos. Apesar dos avanços em termos de diagnóstico precoce e tratamento, nas últimas décadas, não se conseguiu dar uma resposta eficaz a este problema. Os fatores de prognóstico que se dispõe actualmente são insuficientes (estadiamento TNM, presença/ausência de doença residual pós-cirurgia, classificação histológica, presença/ausência de invasão ganglionar e/ou metástases à distância). Como tal, torna-se necessário investigar a existência de novos marcadores moleculares que sirvam como fatores de prognóstico e como elementos facilitadores da decisão terapêutica. A proteína p53 regula vários processos celulares como a apoptose, a reparação do ADN e o funcionamento do ciclo celular. Neste sentido, a sua mutação condiciona estas funções reguladoras e confere-lhe um papel essencial na carcinogénese. Este marcador molecular tem sido alvo de investigação científica, nos últimos anos, com o intuito de se perceber qual o seu valor prognóstico no cancro colorretal. Apesar do investimento nesta área, os resultados da literatura existente ainda são controversos. Objetivos: 1) Detetar através do método de coloração imunohistoquímica a expressão da oncoproteína p53. 2) Analisar a expressão imunohistoquímica da oncoproteína p53 e dos parâmetros clínico-histopatológicos em estudo. 3) Determinar o valor prognóstico da expressão da proteína p53 em doentes com cancro colorretal e a sua correlação com os parâmetros clínico-histopatológicos: grau de diferenciação, localização e prognóstico. Métodos: Estudo clínico-patológico retrospectivo realizado nas peças cirúrgicas de 32 doentes, com mais de 50 anos, que foram submetidos a uma resseção cirúrgica do cancro do colorretal, no Serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, na Covilhã, entre 2002-2005. As amostras foram processadas histologicamente no serviço de Anatomia Patológica do mesmo hospital. Foram, de seguida, diagnosticadas de acordo com o tipo histológico, grau de diferenciação e estadiamento TMN. Posteriormente, foram consideradas de acordo com a intensidade e percentagem de células marcadas imunohistoquímicamente pela oncoproteína p53. Os dados foram analisados estatisticamente considerando-se um p-value<0,05 e pvalue<0,1, como estatisticamente significativos. Resultados: A “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela oncoproteína p53” encontrouse associada a "estadiamentos TNM" mais avançados (p-value<0,05) e a "adenocarcinomas pouco diferenciados" (p-value<0,1). Os "adenocarcinomas bem diferenciados" foram estatisticamente associados à ausência de marcação pela oncoproteína p53 (p-value<0,05). Não se verificaram resultados estatisticamente significativos entre a “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela oncoproteína p53” e a “localização do tumor”. Os resultados também não foram significativos em relação ao "prognóstico", apesar da análise da frequência indicar que a marcação com o p53 está associada a menor sobrevida. Conclusão: Apesar das potencialidades, ainda não é possível atribuir valor prognóstico ao p53. Deverão ser efectuados estudos mais representativos e que associem o conhecimento da genética, bem como outros marcadores.
