Browsing by Author "Macedo, Andreia Sofia Carrilho Sequeira de"
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- Edifícios de energia quase nula no contexto do regulamento português: um estudo de casoPublication . Macedo, Andreia Sofia Carrilho Sequeira de; Nepomuceno, Miguel Costa SantosO conceito de edifício de energia quase nula (nZEB) foi introduzido pela Diretiva Europeia 2010/31/EU, relativa ao desempenho energético dos edifícios. A ideia de construir edifícios nZEB surgiu em consequência da necessidade de reduzir a dependência energética da União Europeia (UE), reduzir o consumo de combustíveis de origem fóssil e as emissões de gases com efeito de estufa, permitindo à UE cumprir os compromissos internacionais assumidos quanto à redução de emissões e à sua contribuição para a mitigação das alterações climáticas. A referida Diretiva prevê que a partir de 2020, ou final de 2018 no caso de edifícios de entidades públicas, todos os edifícios novos sejam nZEB. Contudo, em Portugal, ainda não estão definidos os requisitos para os nZEB. Existem, no entanto, algumas sugestões para tais requisitos, como aquela proposta por S. Attia et al.(2017) para os países do sul da Europa. Neste contexto, na presente dissertação foram analisadas, mediante um caso de estudo, as alterações necessárias para implementar os nZEB, adotando como referência os requisitos de desempenho térmico e energético sugeridos por S. Attia et al.(2017). O caso de estudo analisado na presente dissertação consistiu numa moradia unifamiliar isolada, localizada numa zona climática I2-V3, e projetada à luz do REH para uma classe energética A+ utilizando o “Roadmap 2016”. Estudaram-se várias medidas de melhoria isoladas a incorporar no edifício e analisou-se o seu impacto na redução das necessidades energéticas. Posteriormente, essas medidas foram combinadas entre elas para se perceber quais as que teriam mais impacto na redução das necessidades energéticas. Para além das necessidades energéticas, houve dois pontos que foram analisados e tiveram uma importância significativa na escolha das medidas a aplicar no edifício, a percentagem de energia renovável no edifício e as emissões de CO2 do mesmo, optando assim pela melhor combinação entre estes três parâmetros. O estudo realizado permitiu identificar medidas que podem ser aplicadas em edifícios semelhantes, localizados na mesma zona climática, ou mesmo em outras zonas climáticas, bastando apenas adaptar às necessidades energéticas do edifício. Concluiu-se neste estudo que, com pequenos ajustamentos, os valores sugeridos S. Attia et al.(2017) não serão difíceis de alcançar se a referência for colocada ao nível dos edifícios da classe energética A+ definida atualmente no REH usando o “Roadmap 2016”. Para além dos limites das necessidades energéticas, tais como aqueles sugeridos por S. Attia et al.(2017), existem outros limites que têm que ser estabelecidos, principalmente no que diz respeito às emissões de CO2 e ao limite mínimo de energia fornecida por fontes renováveis. Estes aspetos terão de ser avaliados observando o nível ótimo de rentabilidade, como sugere a Diretiva 2010/31/EU.