Browsing by Author "Marques, Ana Filipa Pereira da Silva Ferreira"
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- Dinâmica das taxas de juro e procura de crédito em PortugalPublication . Marques, Ana Filipa Pereira da Silva Ferreira; Fuinhas, José Alberto Serra Ferreira RodriguesCom a concretização da Moeda Única, profundas mudanças condicionaram a evolução da economia Portuguesa e o comportamento dos agentes económicos. Esta dissertação utiliza dados com periodicidade mensal para o período entre Janeiro de 1999 e Dezembro de 2012 e recorre ao Modelo Autoregressive Distributed Lag (ARDL) para estudar, no curto e no longo prazo, a relação das taxas de juro com a procura de crédito em Portugal, atendendo à evolução de variáveis económicas de diferente natureza. A análise preliminar do modelo mostrou que a variável rendimento disponível não é estatisticamente significante, no longo prazo, e como tal não foi considerada no modelo. A estimação do modelo comprovou efeitos de curto e de longo prazo. Verifica-se que a variável taxa de juro real tem efeitos no endividamento no curto e no longo prazo, sendo mais evidentes no longo prazo. Este facto revela que o aumento da taxa de juro real provoca o aumento do nível de endividamento dos consumidores, que poderá ser justificado pelo fenómeno do sobreendividamento, i.e., os mutuários fazem as renegociações das suas dívidas por norma com taxas de juro mais elevadas. A variável rendimento disponível apenas tem efeitos no curto prazo e evidencia um efeito negativo sobre o endividamento, o que revela que as famílias estão a realizar um esforço de correcção dos excessos de consumo. A balança corrente e de capital têm no curto e no longo prazo impacto negativo no endividamento, o que denota preferência pelo consumo presente, em detrimento do consumo futuro. Os índices de sentimento económico e confiança dos consumidores são vitais para o endividamento no longo prazo. O Índice de Confiança dos Consumidores evidencia um efeito contemporâneo, porque revela que quando o endividamento aumenta a confiança dos agentes económicos diminui. Este sinal, aparentemente contraditório com a teoria clássica, pode estar relacionado pelo facto de os mutuários terem cometido erros de endividamento no passado, uma vez que para fazerem face às obrigações do presente têm de voltar a endividar-se.
