Browsing by Author "Marques, Carla Filipa Torres da Silva"
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- Fraturas complexas das articulações interfalângicas proximais da mão: revisão bibliográfica a propósito de um caso clínicoPublication . Marques, Carla Filipa Torres da Silva; Alves, Sandra Antunes; Lopes, Cláudia SantosAs características biomecânicas da articulação interfalângica proximal dos dedos fazem destas as articulações da mão mais vulneráveis a trauma e a deformidade residual. Apesar de comuns, contabilizando cerca de 13% de todas as fraturas da mão, as fraturas das articulações interfalângicas proximais são frequentemente subdiagnosticadas. Os inúmeros sistemas de classificação descritos e a complexidade inerente à categorização dos diferentes padrões de fratura apenas traduz a variedade de fatores, intrínsecos e extrínsecos, envolvidos no mecanismo de lesão desta articulação. Além do atraso na apresentação e do diagnóstico complexo, o tratamento constitui um verdadeiro desafio, particularmente no que se refere a graus de cominuição e instabilidade mais acentuados. Nestes casos, o risco de complicações a longo prazo pode exigir o recurso a técnicas de reconstrução mais avançadas. Contudo, a maioria dos relatos de reconstrução desta articulação presentes na literatura, porém, limita-se ao tratamento de lesões artríticas crónicas. O sucesso de qualquer modalidade terapêutica passa pela sua adequação às características determinadas previamente, durante a anamnese (idade do doente, estado clínico, status socioeconómico, motivação) e a avaliação funcional (localização, padrão radiológico da fratura, grau de deformidade, disrupção de tecidos moles e estabilidade intrínseca). Independentemente da metodologia adotada, os resultados esperados pressupõem, fundamentalmente, uma articulação estável e não dolorosa ao longo de todo o arco de mobilidade. A artroplastia da interfalângica proximal tem vindo, progressivamente, a destacar-se como uma boa alternativa à artrodese, principalmente devido ao seu papel na preservação da mobilidade articular. A necessidade de definir protocolos de tratamento e de otimizar os resultados associados a esta técnica justificam o desenho de estudos prospetivos, com uma amostra e um período de follow-up mais alargados.