Browsing by Author "Martins, Andreia Vanessa Oliveira"
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- Era uma vez no lar: um idoso, uma cadeira, um tempoPublication . Martins, Andreia Vanessa Oliveira; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Gama, Jorge Manuel dos Reis; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsIntrodução: O envelhecimento populacional acompanhou-se de um aumento dos níveis de incapacidade da população idosa. Visando colmatar a consequente maior exigência de cuidados, a institucionalização é uma opção considerada. As limitações na mobilidade, em particular, têm elevada prevalência nos indivíduos institucionalizados. Assim, o presente estudo visa caracterizar os idosos institucionalizados em Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, no concelho da Covilhã, e verificar a influência de algumas destas características no tempo de realização do teste Timed Up and Go. Materiais e Métodos: Participaram no estudo 72 idosos de 5 Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas. Para avaliar a mobilidade e rastrear para a presença de depressão foram utilizados o teste Timed Up and Go e a versão curta da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage, respetivamente. A análise estatística dos dados foi efetuada com recurso ao programa IBM SPSS Statistics versão 25.0. Foram utilizadas técnicas de análise estatística descritiva, testes paramétricos ou não paramétricos e o coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: A idade média da amostra foi 84,83 ± 7,073 anos, sendo maioritariamente constituída por idosos do sexo feminino (68,06%) e indivíduos com 3 ou 4 anos de escolaridade (51,39%). A maioria dos idosos estava institucionalizado por um período entre 1 e 5 anos (45,83%), não teve quedas no último ano (70,83%), dependia de auxiliares de marcha e não tinha uma pontuação sugestiva de depressão (56,94%). Quanto às patologias crónicas é de destacar os grupos cardiovascular e psiquiátrico como os mais prevalentes. O tempo médio ± desvio padrão de realização do teste Timed Up and Go foi 29,05 ± 14,72 segundos. Apenas 4,17% dos idosos efetuaram o teste Timed Up and Go em menos de 12 segundos, tempo que sugere mobilidade normal, enquanto 69,44% demoraram 12 ou mais segundos a concluí-lo. Verificou-se existir pelo menos uma diferença significativa entre as médias do tempo de realização do teste Timed Up and Go dos três grupos de deambulação (valor-p<0,001). Conclusão: Concluiu-se que as prevalências aqui apuradas podem contribuir para o melhor entendimento das necessidades dos idosos institucionalizados e ajudar na implementação de medidas que visam colmatar as mesmas. Dada a elevada prevalência de idosos cujo tempo de realização do teste Timed Up and Go foi igual ou superior a 12 segundos sugere-se uma avaliação seriada da mobilidade associada a um melhor acesso a intervenções preventivas e de reabilitação.
