Browsing by Author "Martins, Helena Raquel da Silva"
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- Níveis de Atividade Física dos Médicos Portugueses e Respetivos Hábitos de Promoção na Prática ClínicaPublication . Martins, Helena Raquel da Silva; Barata, José Luís Ribeiro Themudo; Mendes, Romeu Duarte CarneiroA atividade física (AF) regular constitui um recurso essencial para a prevenção de doença e promoção da qualidade de vida da população. Contribui para benefícios globais na saúde podendo ser considerada como um método terapêutico por si só, ou completar eficazmente o tratamento medicamentoso. Os médicos encontram-se numa posição privilegiada para promover AF junto da população, reforçando a importância da adoção de comportamentos saudáveis. Este trabalho teve como objetivo estudar a relação entre os níveis de AF dos médicos portugueses e respetivos hábitos de promoção de AF na prática clínica. A população-alvo do estudo incluiu médicos com atividade em Portugal, com registo na base de dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, e com acesso ao software Prescrição Médica Eletrónica (PEM), que tenham respondido ao formulário “Promoção da Atividade Física no Sistema Nacional de Saúde” distribuído na PEM em janeiro de 2018. Foram registadas 961 respostas válidas. A idade média dos médicos participantes foi 44 ± 13 anos, sendo 59% mulheres. Relativamente à variável “promoção de AF na prática clínica” 93% dos médicos referiram promover a AF nas suas consultas. Quanto à “regularidade de promoção de AF” verificou-se que entre os médicos que promovem a AF, 40% fazem-no com regularidade alta, e 21% com regularidade muito alta. Relativamente ao nível de AF (avaliada pelo Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ) reportado pelos médicos, 26% reportaram um nível elevado, 45% um nível moderado, e 28% um nível baixo. Verificou-se que os médicos que reportaram um nível elevado de AF aconselham a AF, na sua prática clínica, com mais regularidade que os médicos que reportaram um nível moderado e baixo, assim como os médicos que reportaram um nível moderado promovem com maior regularidade do que os que reportaram um nível baixo (p = 0,001; p < 0,001; e p = 0,047, respetivamente). Médicos que reportaram níveis elevados e moderados de AF atribuem maior relevância à promoção da AF nos serviços de saúde comparativamente com os médicos que reportaram níveis baixos (p < 0,001; e p = 0,033, respetivamente). A regularidade com que os médicos portugueses promovem a AF na sua prática clínica parece estar associada ao nível de AF reportada pelos mesmos. Além do mais, médicos que reportam maior nível de AF atribuem maior relevância à sua promoção nos serviços de saúde. Aumentar o nível de AF destes profissionais pode ser uma boa estratégia para promover a AF dos cidadãos através do sistema nacional de saúde.