Browsing by Author "Martins, Marco Paulo da Costa"
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- Inteligência emocional nos enfermeiros de saúde mental e psiquiatriaPublication . Martins, Marco Paulo da Costa; Nunes, António João SantosA inteligência emocional (IE) é considerada um assunto emergente em diferentes campos de investigação (Wong e Law, 2002). Diversos estudos realçam como a IE está positivamente associada ao bem-estar e o bom funcionamento das organizações, sendo que no âmbito da saúde é reconhecida como uma habilidade indispensável no atendimento aos doentes (Neumann et al., 2011). Este trabalho de investigação procura identificar os níveis de IE, em todas as suas dimensões, nos enfermeiros de saúde mental e psiquiatria, numa instituição portuguesa cuja missão é prestar cuidados de qualidade no âmbito da saúde mental e psiquiatria. Pretendem-se mensurar os níveis de IE considerando-se a importância das variáveis sociodemográficas e socioprofissionais. Utilizou-se uma metodologia quantitativa para avaliar o impacto das variáveis sociodemográficas e de contexto profissional nos níveis de IE. A recolha de dados realizou-se através da aplicação de um questionário composto por indicadores sócio demográficos e socio profissionais, com a escala Wong Law Emotional Intelligence Scale (WLEIS – 2002), na versão traduzida e validada para a língua portuguesa por Rodrigues, Rebelo e Coelho. (2011). A amostra foi constituída por 225 enfermeiros que desenvolvem a sua atividade no Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus. Com predomínio dos sujeitos do sexo feminino (73,8%), os níveis de IE não apresentaram diferenças significativas nas variáveis género, grupo etário, estado civil, habilitações académicas, antiguidade e tipo de vínculo, embora os prestadores de serviços revelem valores médios de IE inferiores aos restantes contratados. As diferenças estatisticamente significativas observaram-se nas variáveis: funções desempenhadas, com os trabalhadores em funções de liderança a apresentarem maiores níveis de IE, e ligação institucional, com os membros da congregação religiosa a apresentarem maiores níveis de IE do que os restantes trabalhadores. Salientam-se os níveis mais elevados de IE dos trabalhadores que exercem funções de liderança quando comparados com trabalhadores que não exercem funções de responsabilidade, revelando a tendência para o exercício de funções de liderança de indivíduos com elevados níveis de IE. Também assume extrema relevância o facto dos membros da congregação revelarem maiores níveis e IE, fator não evidenciado pela teoria, provavelmente por ser novidade o estudo comparativo entre membros da instituição religiosa e membros exteriores à instituição que exercem funções de enfermagem.