Browsing by Author "Monteiro, Maria Ferreira"
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- Influência do acompanhamento de Cuidados Paliativos na autoperceção da Dignidade e na Qualidade de Vida, em doentes em fim de vidaPublication . Monteiro, Maria Ferreira; Ferreira, Dário Jorge da Conceição; Martins, Isabel Maria Duque GonçalvesIntrodução: Pacientes oncológicos com necessidades paliativas experimentam grande sofrimento psicológico e sintomático que pode levar a uma grande sensação de desalento e ao comprometimento do sentido de dignidade. Manter a dignidade do paciente ou a qualidade de ser valorizado é um objetivo central dos cuidados paliativos. A noção de dignidade é muitas vezes explicada pela funcionalidade, alívio dos sintomas e autonomia na tomada de decisões. Contudo, este entendimento e as suas implicações ainda não são totalmente claras. Objetivo: Estudar a influência do seguimento por Cuidados Paliativos na autoperceção de dignidade e na qualidade de vida do doente oncológico. Materiais e Métodos: Estudo qualitativo através de entrevistas semi-estruturadas com aplicação das escalas WHOQOL-BREF e Escala de Dignidade em 44 doentes oncológicos de um hospital da zona Centro. Estes doentes foram divididos entre um grupo acompanhado pela equipa de Cuidados Paliativos e outro sem acompanhamento. Fez-se análise estatística com recurso ao software SPSS versão 29. Resultados: Verificou-se, com o presente estudo que, em todos os domínios, a qualidade de vida dos doentes foi significativamente inferior aos valores normativos, sem diferenças substanciais entre os grupos com ou sem acompanhamento por Cuidados Paliativos. A dignidade também se revelou comprometida, com ênfase no sofrimento existencial e na dependência. Estes achados sugerem que, embora os cuidados paliativos promovam conforto, os seus benefícios não se refletem em melhorias quantitativas substanciais nas escalas utilizadas. Conclusão: A ausência de diferenças significativas entre os grupos sugere que os cuidados paliativos, embora essenciais, podem não melhorar quantitativamente todos os aspetos avaliados. Destaca-se a necessidade de uma abordagem mais holística e personalizada nos cuidados prestados, que inclua suporte emocional e espiritual, visando preservar a dignidade e melhorar a qualidade de vida dos doentes em fim de vida.
