Browsing by Author "Oliveira, Ana Isabel Fraga"
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- Gravidezes não vigiadas e complicações neonatais durante o período 2011-2013 no CHCBPublication . Oliveira, Ana Isabel Fraga; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: A gravidez não vigiada é, ainda, uma constante e tem repercussões a nível neonatal de gravidade variada. Decorre daqui que a vigilância pré-natal seja imprescindível e de parti-cular importância, na medida em que permite a prevenção e a deteção precoce de malforma-ções e fatores de risco que possam influenciar o bom desenvolvimento da gestação. Face a um vasto panorama de co-morbilidades neonatais resultantes de lacunas ao nível da vigilância da gravidez, necessário se torna ter em conta fatores obstétricos, sociais e culturais. Os recém-nascidos fruto de gestações desta etiologia têm uma maior taxa de mortalidade e morbilidade, mormente a nível de patologias respiratórias, icterícia, distúrbios metabólicos e doenças neu-rológicas, face aos de gestações monitorizadas. Objetivo: Avaliar, com base no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do CHCB, o perfil da grá-vidas com gravidez considerada não vigiada, determinar as complicações obstétricas, as reper-cussões neonatais e durante o 1º ano de vida e o cumprimento das orientações técnicas e boas práticas clínicas da vigilância pré-natal. Metodologia: Estudaram-se, retrospetivamente, 92 grávidas com gravidez não vigiada que ti-veram o parto no CHCB num período de 3 anos, entre os anos de 2011 e 2013. Das grávidas com gravidez vigiada que tiveram o parto no CHCB nos mesmos anos, selecionaram-se aleatoria-mente 81 para grupo controlo. Procedeu-se a estudo comparativo entre os dois grupos. Resultados: As grávidas com gravidez não vigiada eram mais jovens, imigrantes, com menor formação académica, com tendência ao desemprego. Neste grupo de grávidas registou-se maior taxa de complicações obstétricas e de prematuridade. Os recém-nascidos apresentaram maior número de complicações à nascença e no primeiro ano de vida, tendo necessidade de recorrer mais frequentemente ao Serviço de Urgência de Pediatria. Conclusões: A gravidez não vigiada constitui um problema clínico a valorizar que acarreta con-sequências negativas para o desenrolar da gestação e repercussões ao nível da saúde do recém-nascido e da criança. Tal merece ser tido em atenção na prática clínica, tanto em termos médicos como pedagógicos.