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- Design de Padrões Criação, Metodologia e Implementação de Padrões em TecidoPublication . Paulo, Renata Matias; Lobo, Maria Theresa Figueiredo Beco de; Oliveira, Fernando Jorge Matias SanchesO foco deste trabalho de investigação é a área do Design de Padrões. Tem a particularidade de abordar o plano teórico e pragmático pois orienta-se pelos caminhos da cultura de projeto e não de dissertação. Tem como objetivo dar contributos para a temática e segue etapas que exploram o tema, focando-o no universo da moda em que se destaca o tecido como arte final, contribuindo para o processo criativo na criação de padrões. Deste modo, através da revisão da literatura, formou-se uma base cronológica do conhecimento construído sobre a criação de arte/design para aplicação em tecido, nas vertentes do tingimento, desenho e estamparia, mostrando diversos meios do processo de design, de implementação da cor e do desenho como imagem. A realização de uma história sobre os processos de impressão de tecido e algumas das suas tendências, serve como guia para o designer ter conhecimento do que existe e as evoluções que ocorreram. Estudando casos de designers que abordam a temática e analisando o seu procedimento, foi possível confrontar a teoria e a prática e posteriormente responder gerar conteúdos para responder à questão desta Investigação. Extraído o conteúdo do Estado da Arte procedeu-se com o projeto de criação de uma pequena coleção de lenços estampados, detalhando os métodos usados, definição do tema da coleção, o procedimento da criação do desenho, definindo tamanho, cores e resolução adequada das imagens. A metodologia usada é uma metodologia não interventiva para a revisão da literatura, uma metodologia mista para o estudo de casos, e uma metodologia interventiva que direciona o projeto.
- Parto por cesariana: análise crítica da experiência do CHCBPublication . Nascimento, Sara Raquel Caeiro Vila Maior do; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: O parto por cesariana representa quase 1/3 dos partos realizados em Portugal. A evidência científica parece ser a favor de que o parto eutócico acarreta menos riscos quer para a saúde da mãe, quer do recém-nascido. Objetivos: Pretende-se com este estudo aprofundar os conhecimentos sobre o parto por cesariana, quanto às suas indicações e consequências; avaliar a taxa de cesarianas no CHCB e as eventuais repercussões do parto por cesariana na mulher e no recém-nascido, bem como inferir propostas no sentido de melhoria clínica do parto por cesariana. Metodologia: Este estudo transversal e descritivo tem como base a consulta dos processos clínicos das mulheres que realizaram parto por cesariana no ano de 2014 no CHCB, a par da consulta da literatura existente sobre este tema. Resultados: Dos 559 partos realizados no CHCB no ano de 2014, 136 foram por cesariana, o que representa uma taxa de 24,3%, inferior à taxa nacional de cesarianas no mesmo período. As duas principais indicações para cesariana no nosso estudo foram Sofrimento Fetal Agudo e Apresentação Pélvica. As complicações maternas e neonatais decorrentes da cesariana foram raras. Conclusão: O parto por cesariana é um procedimento seguro, tanto para a grávida como para o recém-nascido. São necessárias medidas para aperfeiçoar as indicações de cesariana, com vista a reduzir a taxa deste tipo de parto, para que as eventuais complicações não suplantem os benefícios deste procedimento destinado a diminuir a mortalidade e morbilidade maternas e neonatais em casos selecionados.
- Fatores que influenciam a escolha da via vaginal para a realização da histerectomia em patologia ginecológica benignaPublication . Félix, Ana Rita Castro; Moutinho, José Alberto Fonseca; Nunes, SaraIntrodução: A histerectomia é uma das cirurgias ginecológicas mais efetuadas no mundo. No entanto, apesar da histerectomia por via vaginal ser considerada a abordagem preferencial, a via de abordagem abdominal (laparotómica ou laparoscópica) continua a ser a praticada pela maioria dos médicos. A seleção dos critérios para a escolha da via vaginal continua controversa, mas com interesse cada vez mais atual. Objetivos: Com base na experiência de 6 anos do serviço de Obstetrícia e Ginecologia (SOG) do Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB), o objetivo do presente estudo foi encontrar fatores que condicionaram a escolha da via vaginal para a histerectomia por patologia ginecológica benigna e definir linhas de orientação para a sua escolha. Material e Métodos: Foram selecionadas todas as doentes submetidas a histerectomia por patologia ginecológica benigna entre 2008 e 2013. Foi elaborado um estudo transversal e retrospetivo com uma componente descritiva e analítica. Para o estudo foram consultados os processos clínicos das doentes para avaliação dos seguintes parâmetros: a idade e a presença de co morbilidades prévias à realização da cirurgia, hemoglobinémia e hematócrito pré-operatório, motivo da histerectomia, a via de abordagem cirúrgica, complicações cirúrgicas peri e pós-operatórias, e do estudo anátomo-patológico das peças operatórias, o volume do útero, a presença de Leiomiomas Uterinos bem como o seu número e localização e, por fim, a presença de patologia anexial. Resultados: De janeiro de 2008 a dezembro de 2013 foram efetuadas 841 histerectomias por patologia ginecológica benigna. Destas, apenas 777 foram incluídas no estudo, 59 foram excluídas por registos clínicos insuficientes e 5 excluídas por doença da coagulação. A via vaginal foi escolhida em 402 (51,7%) doentes e a via abdominal em 375 (48,3%). A média de idade das doentes incluídas no estudo foi de 53,67 anos. O principal motivo da histerectomia foi Leiomioma Uterino em 426 (54,8%) casos, seguido de Prolapso Urogenital em 206 (26,5%). O estudo anátomo-patológico das peças operatórias revelou presença de Leiomiomas em 537 (69,10%) doentes. As complicações cirúrgicas relacionadas com a histerectomia foram verificadas em 94 (12%) doentes, sendo a infeção pós-operatória a mais frequente em 30 (3,8%) casos. Em 5 (0,6%) casos houve necessidade de conversão da cirurgia vaginal para cirurgia abdominal. Há a registar 1 caso de morte intraoperatória por Choque Cardiogénico em doente submetida a histerectomia por via abdominal; 1 caso de TEP no pós-operatório em doente submetida a histerectomia vaginal; 13 reinternamentos dos quais 5 após histerectomia por via abdominal; 17 casos de transfusão de glóbulos vermelhos peri-operatórias sendo 9 em doentes submetidas a histerectomia por via abdominal. Metade das mulheres, 201 doentes, que foram submetidas a histerectomia por via vaginal não apresentavam Prolapso Urogenital. Na globalidade, os casos em que foi selecionada a via vaginal para a realização da histerectomia corresponderam aos grupos etários mais idosos (> 50 anos: 61,90%) e às doentes com útero de menor dimensão (apenas 13,8% das doentes tinham útero com mais de 350g, mas em 33,30% dos casos o maior mioma apresentava mais de 5 cm). Conclusões: A via de abordagem vaginal foi a via mais escolhida para a realização de histerectomia para patologia ginecológica benigna. A histerectomia vaginal foi a técnica de eleição escolhida para a correção do Prolapso Urogenital mas também para tratamentos de outras patologias ginecológicas, como o Leiomioma Uterino, em que se mostrou adequada mesmo na presença de úteros volumosos e Miomas de grandes dimensões, com baixa taxa de complicações sendo estas semelhantes nas duas vias de abordagem.
- Casuística da Esclerose Múltipla no Centro Hospitalar Cova da Beira entre os anos de 2005 e 2015Publication . Alcantara, Hilário dos Ramos Quaresma; Rosado, Maria Luiza ConstanteIntrodução: A Esclerose Múltipla é um dos distúrbios neurológicos mais comuns. Em muitos países é a principal causa de incapacidade não traumática em adultos jovens. Trata-se de uma doença autoimune do Sistema Nervoso Central, caraterizada por inflamação crónica, desmielinização, gliose e perda neuronal. É aproximadamente três vezes mais comum em indivíduos do sexo feminino em relação aos do sexo masculino. A idade no início da doença tipicamente situa-se entre os 20 e os 40 anos. No entanto, em cerca de 10 % dos casos, esta ocorre antes dos 18 anos e numa pequena percentagem antes dos 10 anos. Quando a esclerose múltipla surge depois dos 50 anos, é denominada esclerose múltipla de início tardio, ocorrendo em cerca de 5% da população Metodologia: foi feito um estudo observacional transversal usando a base de dados iMed® do Centro Hospitalar Cova da Beira. Resultados: a amostra é composta de 108 doentes, sendo que 77 são do sexo feminino e 31 do sexo masculino, com idade compreendida entre os 19 e os 82 anos, e com média situada nos 48,35 anos. Encontrou-se uma maior prevalência da doença no sexo feminino com uma relação mulher/homem de 2,48:1. A média da idade aquando do início da doença é ligeiramente superior no sexo masculino (36,18) em relação ao feminino (33,97). Estas não são significativamente diferentes (p=0,354). Os sintomas inaugurais mais prevalentes nesta população são os distúrbios motores (40,7%) e visuais (33,3%). Quanto ao curso da doença 70,4% dos nossos doentes possuem EMSR, 14,8% EMSP, 6,5% EMPP e 1,9% EMPR. A Expanded Disability Status Scale nesta população tem valores compreendidos entre 0 e 9 com média de 2,091. Doentes que tiveram um curso progressivo inaugural têm a média da idade no início da doença significativamente superior (p=0,00215) aos que não tiveram. Embora 9 dos nossos doentes tiveram esclerose múltipla de inicio tardio, apenas 2 tiveram progressão de início. Conclusão: conclui-se que as características da nossa população e as variáveis em estudo não são muito diferentes daquelas observadas em estudos internacionais. A exceção a essa generalização é a maior frequência de esclerose múltipla de início tardio em comparação com outros estudos internacionais.
- Violência no Namoro: Crenças sobre violência e Empowerment em Estudantes UniversitáriosPublication . Oliveira, Soraia Regina da Costa; Alves, Marta Sofia Lopes PereiraO estudo da problemática da violência nas relações de namoro revela-se essencial, na medida em que as investigações já efetuadas apontam para uma prevalência significativa desta violência entre os jovens e adolescentes bem como a existência de consequências graves quer para a vítima quer para o(a) agressor(a). Os principais objetivos desta investigação prenderam-se, com a validação da Escala de Empowerment para a temática da violência no namoro e para uma população com estas características, pela validação da Escala de Crenças sobre Violência Conjugal para verificar de que forma o modelo desta escala se ajusta a esta investigação, uma vez que se trata de uma escala já muito utilizada em estudos nesta área e, por fim, avaliar se o Empowerment é preditor das Crenças sobre Violência nos estudantes universitários. No estudo participaram 442 jovens universitários de três instituições do país (Universidade da Beira Interior, Instituto Politécnico de Castelo Branco e Instituto Politécnico da Guarda). Para a obtenção dos dados foi construído um breve questionário sociodemográfico, para permitir uma caracterização dos participantes em questão, e utilizada a Escala de Crenças sobre Violência Conjugal, assim como a escala de Empowerment. Os resultados conseguidos permitem-nos concluir que as validações de ambas escalas obtiveram resultados satisfatórios, o que fornece mais resultados para futuras investigações. Estes resultados permitiram ainda verificar as dimensões de Empowerment têm efeito preditor em pelo menos uma das diferentes dimensões das Crenças sobre Violência. Apesar destes resultados serem satisfatórios revela-se importante o desenvolvimento de novas investigações dentro desta temática e, sobretudo, estudos que procurem corroborar os resultados obtidos.
- Relação entre acidente vascular cerebral e doenças tiroideiasPublication . Marques, Marta Vanessa Mendonça; Alvarez Pérez, Francisco JoséAcidente Vascular Cerebral, é caracterizado por um deficit neurológico, de início abrupto, que ocorre devido a uma lesão focal no sistema nervoso central. O acidente vascular cerebral pode ser classificado em acidente vascular cerebral isquémico, que pode ser trombótico ou embólico, acidente vascular cerebral hemorrágico, criptogénico ou ainda ataque isquémico transitório. O exame complementar de diagnóstico mais utilizado para a confirmação da presença de um AVC é a tomografia axial computorizada sem contraste, pelo fato de este exame ser bastante sensível. Também poderemos utilizar a ressonância magnética (RM) pois esta permite uma deteção precoce das lesões encontradas pela TAC e de áreas de enfarte reduzidas. Já a Ressonância magnética angiográfica, modalidade da RM que usa um contraste de gadolíneo de maneira a visualizar melhor dos vasos sanguíneos cerebrais, permite uma reconstrução em 3D da árvore vascular possibilitando a sua visualização pormenorizada. Durante os últimos anos temos visto uma diminuição do número de mortes por AVC, sendo esta diminuição devido a uma melhor compreensão e consciencialização da população sobre os fatores de risco, assim como pela deteção precoce do AVC e pela melhoria dos tratamentos existentes. São vários os fatores de risco encontrados que contribuem para o aumento do risco de AVC. Num estudo realizado, apenas 10 fatores de risco contribuíram para 87% dos casos de AVC. Esses fatores de risco são a hipertensão, níveis dos lípidos, inatividade física, tabaco, dieta, ratio cintura-anca, história de diabetes, ingestão excessiva de álcool, stress ou depressão e causas cardíacas. A hipertensão destaca-se por ser o principal fator de risco.
- Gravidezes não vigiadas e complicações neonatais durante o período 2011-2013 no CHCBPublication . Oliveira, Ana Isabel Fraga; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: A gravidez não vigiada é, ainda, uma constante e tem repercussões a nível neonatal de gravidade variada. Decorre daqui que a vigilância pré-natal seja imprescindível e de parti-cular importância, na medida em que permite a prevenção e a deteção precoce de malforma-ções e fatores de risco que possam influenciar o bom desenvolvimento da gestação. Face a um vasto panorama de co-morbilidades neonatais resultantes de lacunas ao nível da vigilância da gravidez, necessário se torna ter em conta fatores obstétricos, sociais e culturais. Os recém-nascidos fruto de gestações desta etiologia têm uma maior taxa de mortalidade e morbilidade, mormente a nível de patologias respiratórias, icterícia, distúrbios metabólicos e doenças neu-rológicas, face aos de gestações monitorizadas. Objetivo: Avaliar, com base no Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do CHCB, o perfil da grá-vidas com gravidez considerada não vigiada, determinar as complicações obstétricas, as reper-cussões neonatais e durante o 1º ano de vida e o cumprimento das orientações técnicas e boas práticas clínicas da vigilância pré-natal. Metodologia: Estudaram-se, retrospetivamente, 92 grávidas com gravidez não vigiada que ti-veram o parto no CHCB num período de 3 anos, entre os anos de 2011 e 2013. Das grávidas com gravidez vigiada que tiveram o parto no CHCB nos mesmos anos, selecionaram-se aleatoria-mente 81 para grupo controlo. Procedeu-se a estudo comparativo entre os dois grupos. Resultados: As grávidas com gravidez não vigiada eram mais jovens, imigrantes, com menor formação académica, com tendência ao desemprego. Neste grupo de grávidas registou-se maior taxa de complicações obstétricas e de prematuridade. Os recém-nascidos apresentaram maior número de complicações à nascença e no primeiro ano de vida, tendo necessidade de recorrer mais frequentemente ao Serviço de Urgência de Pediatria. Conclusões: A gravidez não vigiada constitui um problema clínico a valorizar que acarreta con-sequências negativas para o desenrolar da gestação e repercussões ao nível da saúde do recém-nascido e da criança. Tal merece ser tido em atenção na prática clínica, tanto em termos médicos como pedagógicos.
- Amamentação e osteoporosePublication . Reinas, Cátia Marisa Monteiro; Moutinho, José Alberto FonsecaGravidez e amamentação e sua relação com o metabolismo do cálcio. Controvérsias e efeitos da amamentação sobre o risco de osteoporose; Objetivos: Revisão da literatura no sentido de avaliar o risco e fatores de risco associados à osteoporose nas mulheres que amamentaram. Metodologia: Análise de artigos publicados na Pubmed em Inglês. Resultados esperados: Nas mulheres que amamentaram é previsível que a osteoporose esteja associada a factores de risco evitáveis.
- Nevralgia do Trigémio - Revisão bibliográfica do diagnóstico e tratamentoPublication . Salvado, Ana Mafalda Correia; Alvarez Pérez, Francisco JoséIntrodução: A nevralgia do trigémio é uma das síndromes de dor facial mais graves, caracterizada por dor recorrente, unilateral e breve, limitada à distribuição de uma ou mais divisões do nervo trigémio e desencadeada por estímulos inócuos, comprometendo de forma significativa a qualidade de vida dos doentes. Uma história cuidadosa dos sintomas típicos é fundamental para o diagnóstico. Atualmente, não há cura para a nevralgia do trigémio e o tratamento da doença pode ser complexo e frequentemente adiado por erros de diagnóstico. O tratamento inicial desta patologia é farmacológico. Quando a dor não pode ser controlada com o tratamento farmacológico, existem diversas opções cirúrgicas. O desafio consiste em avaliar e selecionar o tratamento que melhor se adapta a cada doente. Objetivos: Elaborar uma revisão bibliográfica do diagnóstico e tratamento da nevralgia do trigémio, para que todos os profissionais de saúde que lidem com esta patologia tenham um acesso mais rápido e completo a informação atualizada. Desenvolver, com base na informação colhida, um algoritmo de abordagem do diagnóstico e tratamento do doente, em função dos últimos avanços científicos, no sentido de melhorar a abordagem do doente e impulsionar mais estudos sobre a doença. Métodos: A metodologia baseou-se na pesquisa de artigos científicos através de bases de dados informatizadas como: PubMed, UpToDate, Web of Knowledge, ScienceDirect e Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. Para tal, foram utilizadas como palavraschave: trigeminal neuralgia, diagnostic criteria, treatment, management, guidelines, recommendations, update, future perspectives. Foram selecionados artigos em português, inglês e espanhol, publicados entre 2010 e 2015. Conclusão: A experiência clínica na nevralgia do trigémio é limitada, existindo ainda várias lacunas no diagnóstico e tratamento desta neuropatia. No tratamento farmacológico inicial da nevralgia do trigémio clássica recomenda-se o uso de carbamazepina ou oxcarbamazepina como primeira linha e baclofeno ou lamotrigina como segunda linha. Em doentes refratários aos agentes de primeira e segunda linha, podem ser considerados uma série de outros fármacos com benefícios de evidência limitada. A descompressão microvascular, radiocirurgia com gamma knife e técnicas percutâneas do gânglio de Gasser podem ser consideradas em doentes com nevralgia do trigémio refratária ao tratamento médico. Existe uma grande necessidade de ensaios aleatorizados controlados por placebo, com longo prazo de seguimento, para estabelecer um regime médico padronizado após falha da terapia médica de primeira linha, para comparar as terapias médicas e cirúrgicas e para determinar o melhor momento para a intervenção cirúrgica. Desta forma, é possível otimizar os resultados das várias técnicas e assim melhorar as perspetivas futuras no tratamento da nevralgia do trigémio.
- Toxidermias medicamentosas: a realidade de um concelho da Beira InteriorPublication . Pessoa, Vera Lúcia Leal; Cabral, Maria de Fátima Domingues Azeredo; Rosa, Celina PiresIntrodução e objetivo: As reações cutâneas adversas a fármacos são comuns. Fatores como a idade, a existência de comorbilidades e a polimedicação influenciam o risco do seu desenvolvimento. Esta patologia cutânea pode manifestar-se por sinais/sintomas sobreponíveis a outras patologias dermatológicas, tornando-se, na maioria das vezes, difícil estabelecer um diagnóstico correto e identificar concretamente o agente responsável pela sua ocorrência. Habitualmente, o seu diagnóstico é feito com base numa história clínica detalhada, considerando-se a suspensão do fármaco supostamente responsável pela reação cutânea a atitude terapêutica mais importante e efectiva. O presente trabalho de investigação tem como objetivo primordial estudar as toxidermias medicamentosas, ocorridas entre janeiro de 2009 e dezembro de 2014, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Belmonte, parte integrante do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira. Métodos: Executou -se um estudo epidemiológico retrospectivo observacional. Em primeiro lugar obtiveram-se as listagens dos utentes, por problemas, através do MIM@UF. Posteriormente procedeu-se à recolha dos dados, através da consulta de processos clínicos, com base nos registos de consulta SOAP. Resultados: A amostra foi constituída por 38 utentes. As reações cutâneas adversas a farmácos foram mais frequentes em mulheres, sendo a média de idades dos utentes 42,1 anos. A maioria das reações foi originada por um fármaco usado há menos de uma semana atrás, sendo os antibacterianos o grupo de fármacos mais frequentemente responsável pelas mesmas (45%). Manifestações clínicas características de EM foram encontradas na maioria dos utentes. O diagnóstico da patologia em causa fez-se, sobretudo, com base na clínica, tendo todos os fármacos suspeitos sido suspensos. Conclusão: As reações adversas a fármacos constituirão sempre uma consequência indesejada de toda a terapêutica médica, uma vez que poucos serão os agentes terapêuticos que podem produzir efeitos benéficos sem ter também o potencial para causar efeitos adversos. No entanto, se os clínicos souberem exatamente as perguntas que têm que fazer ao doente, por forma a identificar a presença e o tipo de reação cutânea adversa, tendo em conta as manifestações clínicas e o agente causador, conseguirão realizar a abordagem terapêutica inicial mais adequada. Desta forma, conseguir–se-á prevenir o acontecimento de tais reações no futuro, controlando e corrigindo os fatores que influenciam o seu desenvolvimento. Salienta-se a importância que a notificação, por parte dos médicos, assume na ocorrência de todas as reações adversas a medicamentos.