Browsing by Author "Oliveira, Mariana Vilaverde de"
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- O Perfil do Idoso Residente em ERPIs no Concelho do Sabugal: Patologias Agudas, Crónicas e FarmacoterapiaPublication . Oliveira, Mariana Vilaverde de; Patto, Maria da Assunção Morais e Cunha Vaz; Pinto, Nuno Filipe Cardoso; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsIntrodução: As patologias agudas, crónicas e a farmacoterapia são elementos significativos na vida dos residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI’s). Estas condições de saúde são prevalentes nesta população e requerem uma abordagem abrangente de tratamento e cuidados, envolvendo, muitas vezes, o uso de medicamentos. A farmacoterapia desempenha um papel crucial no controlo e gestão destas patologias, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos. No entanto, desafios como a polimedicação e as interações medicamentosas precisam de ser considerados. É necessário, por isso, compreender melhor as patologias agudas, crónicas e a farmacoterapia em idosos institucionalizados, visando aprimorar o cuidado e a qualidade de vida desta população. A população do interior do país, por ser uma população muito envelhecida e também acometida pela multimorbilidade e pela polimedicação necessita de uma especial atenção. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional descritivo desenvolvido nas ERPIs do concelho do Sabugal (n=21), no qual participaram 350 idosos, selecionados de forma aleatória. Foi realizada a caracterização sociodemográfica e clínica, a aplicação de escalas de avaliação geriátrica e a realização de exame objetivo sumário. Os resultados obtidos foram analisados quantitativamente com recurso a software estatístico adequado (SPSS). Resultados: A população deste estudo era composta maioritariamente por mulheres e a média de idades era de 87,08 anos. Os participantes apresentavam em média 4,6 patologias (DP=2,489) e os principais sistemas de órgãos afetados eram o cardiovascular, o endócrino e o nervoso. Em média tomavam 9 fármacos por dia (DP=3,557) e 85,71% apresentavam-se em processo de polimedicação. Dos idosos estudados 57,70% (n=162) apresentavam pontuação compatível com défice cognitivo. O número de fármacos tomados revelou estar relacionado com o MMSE (p=0,030), bem como com o número de idas ao SU no último ano (p=0,003). O resultado do MMSE revelou ser influenciado tanto pela existência de patologia no sistema cardiovascular (p=0,046) como no sistema nervoso (p=0,010). A existência de patologia no sistema endócrino demonstrou influenciar o número de idas ao SU (p=0,049). A existência de patologia no sistema nervoso revelou-se associada à mobilidade (p=0,034). Conclusão: Os resultados alertam para que seja dada uma maior atenção às condições de saúde dos idosos institucionalizados, bem como ao seu tratamento. Recomenda-se, assim uma avaliação e gestão interdisciplinar, monitorização regular e ajustes de medicamentos, bem como a formação contínua dos profissionais que trabalham nas ERPIs.