Browsing by Author "Pereira, Ana Catarina dos Santos"
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- Docente de Cinema: a relação possível entre Emoção e RazãoPublication . Pereira, Ana Catarina dos SantosO presente artigo pretende ser um encontro entre metodologias e diretrizes pedagógicas para o Ensino Superior e a docência em licenciaturas de formação artística, mais especificamente, na área de Cinema. Habitualmente lecionados por antigos profissionais ou investigadores da área, sem uma formação pedagógica que os/as prepare para a exposição pública inerente à atividade de docente, nem tão pouco para a sistematização de conteúdos adequados ao corpo discente, estes cursos são também frequentados por alunos/as com necessidades, expectativas e referências heterogéneas, tornando particularmente necessários o debate e a reflexão sobre modelos e técnicas a aplicar em aula. No caso de estudo que aqui se apresenta, a regência da unidade curricular de História e Estética do Cinema Português, na Universidade da Beira Interior, atribui o mote a uma breve dissertação em torno de objetivos e metodologias com potencialidade de adaptação à formação de futuros/as cineastas. A tentativa de equilíbrio das vertentes teórica e prática, bem como a necessidade de preparação para o mercado de trabalho – no qual, por tratar-se de uma disciplina de final de curso, alunos e alunas irão previsivelmente entrar nos meses seguintes – têm ditado a evolução da experiência, permitindo-nos chegar a algumas conclusões sobre novos modelos educativos e a sua aplicação ao Ensino Artístico.
- A mulher-cineasta: da arte pela arte a uma estética da diferenciaçãoPublication . Pereira, Ana Catarina dos Santos; Cunha, Tito Cardoso eA História do Cinema tem início nos finais do século XIX, em sociedades europeias heterogéneas, com uma estrutura patriarcal comum entre si. Estudar as propostas feministas aplicadas à sétima arte coincide portanto com uma reflexão em torno dos reconhecidos estereótipos e arquétipos com os quais a feminilidade terá sido conotada, e com a denúncia de objectificações gratuitas e discriminações por razões de género. Recuperam-se, deste modo, e como valor compensatório, artistas esquecidas ou nunca devidamente reconhecidas, eliminadas dos manuais e arquivos históricos — o que adquire maior relevância no contexto de uma cinematografia minoritária, como a realizada em Portugal. Promovem-se, simultaneamente, debates que voltam a questionar a insustentável indefinição de uma sensibilidade artística feminina, com contornos de misticismo. A investigação que aqui sintetizamos parte assim de questões como as enunciadas para procurar delimitar, em primeira instância, o processo que ditou a passagem das mulheres dos tradicionais postos de assistência secundária (na produção, fotografia, montagem, cenografia, guião) à realização de cinema. Nessa fase, constata-se o abandono do lugar do outro — objecto indecifrável a quem se dedica um poema, um olhar ou uma distante tentativa de compreensão — para passar, ela própria, a ser eleita, observada ou entendida por si. Nesse sentido, sublinhe-se que os feminismos não denunciaram “apenas” os não-lugares da mulher na arte, possibilitando antes, e essencialmente, a sua lenta e difícil entrada num universo masculino. O cinema, enquanto meio de comunicação com maiores ou menores dimensões artísticas, pode assim, no nosso entender, auxiliar a constituição de sociedades mais justas e igualitárias. Por essa razão, pretendemos observar as imagens em movimento criadas por mulheres, em Portugal, analisando o poder do seu olhar.