Browsing by Author "Pereira, Andreia Filipa Branco"
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- Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratóriaPublication . Pereira, Andreia Filipa Branco; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro de; Sá, Juliana Marília Pereira deIntrodução: Segundo o Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória Pré-hospitalar, no ano de 2016 foram confirmadas 15 555 paragens cardiorrespiratórias em ambiente extra-hospitalar. Em apenas 20 por cento das ocorrências foram iniciadas manobras de Suporte Básico de Vida (SBV) antes da chegada de equipas de emergência. O SBV inclui um conjunto de procedimentos definidos e metodologias padronizadas cujo objetivo final é o restabelecimento da função cardiorrespiratória, adotando um papel determinante na sobrevida dos doentes. Objetivos: Compreender se a população da Universidade da Beira Interior (UBI) percebe a importância da aplicação de manobras de SBV em caso de paragem cardiorrespiratória e qual o seu conhecimento sobre as mesmas; identificar quais as variáveis que podem influenciar o conhecimento sobre SBV, nomeadamente, sexo, idade, habilitações literárias, entre outras. Materiais e métodos: Estudo de carácter observacional e transversal, no qual se distribuiu um questionário por todos os estudantes, docentes e funcionários da UBI. Resultados: Foram obtidas 244 respostas, tendo-se excluído 15 por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Numa amostra populacional em que 71,6% era do sexo feminino, 83% tinha idade compreendida entre os 18 e 33 anos e 65,9% tinha formação universitária, verificou-se que 56,8% da população possuía formação em SBV. Quanto ao grau de conhecimento sobre o procedimento, constatou-se uma grande variabilidade de respostas. Nas perguntas cujo foco era avaliar os diversos passos do algoritmo de SBV do adulto, mais de 80% da amostra respondeu corretamente. Relativamente às questões onde se averiguava o conhecimento da amostra sobre a utilização do desfibrilhador automático externo (DAE) e a aplicação do algoritmo de desobstrução da via aérea, 60% e 87.7% da amostra, respetivamente, não indicou a opção correta. Quanto à pergunta onde se analisava o conhecimento sobre o algoritmo de SBV da criança, apenas 12,3% da amostra respondeu corretamente. É importante destacar que 98,7% da população considerou uma mais-valia ter formação nesta área e estava disponível para que lhe fossem transmitidos estes conhecimentos. Quando inquiridos sobre os obstáculos encontrados referiram como principais a falta de informação e de tempo. Constatou-se ainda a existência de uma dependência entre o facto de um indivíduo ter formação em SBV e as variáveis sexo, função desempenhada na UBI e a ligação à área da saúde. Discussão e conclusão: Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de proporcionar à população geral formação em SBV, tendo em vista a diminuição das taxas de mortalidade e morbilidade. Acredita-se que um dos passos fulcrais será o ensino teórico e prático desta competência durante o 3º ciclo ou ensino secundário.
