Browsing by Author "Pereira, Maria do Carmo Carvalho Monteiro Abreu"
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- Dinâmicas e percepções sobre trabalho de equipa: um estudo em ambiente cirúrgicoPublication . Pereira, Maria do Carmo Carvalho Monteiro Abreu; Martins, Henrique Manuel GilIntrodução: O trabalho de equipa parece ser a lógica dominante das organizações de saúde com vista a aumentar a efectividade e melhorar os cuidados prestados ao doente. No entanto, a forma de estruturação das equipas e as componentes relacionais, dentro desta, parece ser, ainda, uma lacuna na literatura actual. Objectivos: Aprofundar os conhecimentos acerca do trabalho de equipa e a dinâmica das equipas cirúrgicas. Analisar o ambiente do bloco operatório, percepcionando o tipo de relações estabelecidas entre os diferentes membros constituintes e a forma como estas relações influenciam a eficiência e ocorrência de erros dentro da equipa. Métodos: Estudo prospectivo, transversal, utilizando duas abordagens distintas mas complementares: o acompanhamento (estudo observacional) de duas equipas cirúrgicas de instituições hospitalares portuguesas distintas; e a aplicação de um questionário de perguntas fechadas aos diferentes elementos de uma equipa cirúrgica. Resultados: O bloco operatório é um sistema organizacional baseado numa lógica de in-puts, processos e out-puts, sendo que os profissionais integrantes do acto cirúrgico se agrupam como uma verdadeira equipa. Foram encontradas discrepâncias estruturais entre as duas equipas observadas, bem como diferenças organizacionais entre elas. A equipa estruturalmente fixa e especialista parece ter resultados mais eficientes, com actos cirúrgicos mais rápidos e mais complexos. Equipas Ad-hoc parecem demorar mais tempo em certos componentes do acto cirúrgico. As equipas cirúrgicas parecem ser constituídas essencialmente por duas sub-equipas, uma representativa da área anestésica e outra da área cirúrgica. Os diferentes membros da equipa cirúrgica mostraram ter um gosto especial em trabalhar em equipas menos numerosas e mais relacionadas, assim como mostraram preferir trabalhar sempre com a mesma equipa. Mais de metade dos membros mostraram-se insatisfeitos com a colaboração entre médicos e enfermeiros, verificando-se a falta de existência de reuniões para discussão entre os diferentes membros, proporcionando uma falta de informação e avaliação dentro das equipas cirúrgicas. Segundo a percepção dos diferentes profissionais, ambientes hostis potenciam a ocorrência de erro, sendo as dificuldades nos relacionamentos e a falta de comunicação entre os membros, os motivos mais mencionados pelas equipas.
