Browsing by Author "Pereira, Marta Miguel Cruz"
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- Teplizumab: uma promessa terapêutica no tratamento e prevenção da diabetes mellitus tipo 1Publication . Pereira, Marta Miguel Cruz; Lemos, Manuel Carlos Loureiro deIntrodução: A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das células beta do pâncreas, o que, por sua vez, resulta numa diminuição da produção de insulina. A incidência da DM1 tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, sendo, na atualidade, uma das doenças crónicas mais prevalentes na idade pediátrica. Esta patologia está associada a uma elevada morbilidade e mortalidade, uma vez que os pacientes apresentam complicações tanto a curto como a longo prazo relacionadas com o controlo glicémico inadequado. Atualmente, o tratamento consiste na administração de esquemas intensivos de insulina, tratamento esse que apenas trata os sintomas e não a causa. Torna-se, portanto, essencial o desenvolvimento de novas terapêuticas capazes de alterar o curso natural da doença. Os anticorpos monoclonais anti-CD3 mostraram-se eficazes em prevenir ou até mesmo reverter o início da DM1 em modelos animais. Dentro desta classe, o Teplizumab destacou-se como o mais promissor em termos de resultados. Objetivo: O objetivo desta revisão é, assim, avaliar tanto a segurança como a eficácia do Teplizumab na prevenção e tratamento da DM1. Material e Métodos: O presente trabalho teve como base a pesquisa bibliográfica de artigos científicos na base de dados “PubMed/MEDLINE” com uso das palavras-chaves "Type 1 Diabetes" e "Teplizumab". A pesquisa ficou restrita a ensaios clínicos randomizados cegos ou duplamente-cegos e estudos realizados em seres humanos. Foram, ainda, consultadas as listas de referências bibliográficas dos artigos selecionados. Resultados: Este estudo identificou um total de 13 ensaios clínicos, nos quais a terapêutica com Teplizumab demonstrou vantagens significativas tanto em indivíduos com elevado risco de desenvolver DM1, como em pacientes recentemente diagnosticados com a patologia. Nos pacientes considerados de alto risco, observou-se que o Teplizumab é capaz de retardar o diagnóstico da doença, enquanto preserva os níveis de peptídeo-C. Em pacientes recém-diagnosticados com DM1, a terapêutica evidenciou a capacidade de manter os níveis de peptídeo-C e reduzir as exigências insulínicas durante, pelo menos, 1 a 2 anos. Além disso, o fármaco revelou-se seguro quando utilizado em dose adequada, com a ocorrência de efeitos adversos leves e autolimitados na maioria dos casos. Discussão/Conclusão: O Teplizumab representa, assim, uma nova esperança para os doentes com DM1, na medida em que, pela primeira vez na história, se vislumbra a possibilidade de efetivamente prevenir o desenvolvimento da doença. Contudo, é imperativo obter mais evidências científicas para definir com precisão o papel terapêutico do Teplizumab na DM1.
