Browsing by Author "Pereira, Pedro Miguel Cabral de Melo"
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- Doença de Alzheimer: perspetivas de tratamentoPublication . Pereira, Pedro Miguel Cabral de Melo; Álvarez Pérez, Francisco JoséA Doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer há mais de cem anos [1]. É a demência mais comum e afeta cerca de 75% das mais de 35 milhões de pessoas no mundo com demência [2]. É uma doença neurodegenerativa progressiva que apresenta duas lesões cardinais características: placas senis e emaranhados neurofibrilares. Estas alterações neuropatológicas podem ser provocadas por alterações genéticas e ambientais [3]. Durante a década passada, muitas hipóteses foram propostas para a patogénese da Doença de Alzheimer. Aquelas que foram globalmente aceites foram a teoria da cascata de β-amilóide e a teoria da hiperfosforilação da proteína tau [4]. Clinicamente, a Doença de Alzheimer é caracterizada por perda progressiva de memória e orientação e outros défices cognitivos que incluem afetação do julgamento e da tomada de decisões, apraxia e perturbações da linguagem [5]. Durante anos, foram realizados vários ensaios clínicos com o objetivo de curar a doença e diminuir a sua progressão; contudo, ainda não existem terapias efetivas. Como tal, os objetivos deste trabalho consistem em rever a Doença de Alzheimer, abordando a sua epidemiologia, etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas e diagnóstico, bem como, ao acompanhar os estudos clínicos mais recentes, sistematizar as possibilidades de tratamento que estão atualmente em investigação. A pesquisa bibliográfica foi obtida através das bases de dados Medline/PubMed, Medscape e e-medicine. Foram também consultados alguns livros de referência. A pesquisa foi realizada em Inglês. Após investigação extensa e detalhada, foi possível concluir que há diversos tratamentos em estudo com o objetivo de curar a doença e desacelerar a sua progressão; no entanto, nenhum se revelou eficaz. Entre aqueles é de salientar os compostos que têm como alvo as vias de amilóide e tau, a neuroinflamação e o dano oxidativo. O fármaco que apresentou melhores resultados clínicos (melhoria na função cognitiva de pacientes com Doença de Alzheimer moderada a severa) foi o Etanarcept, um inibidor do fator de necrose tumoral. Num futuro próximo esperam-se os resultados dos ensaios clínicos que ainda estão a decorrer.