Browsing by Author "Queimadela, Isabela dos Santos"
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- Quinurenina: Um link entre a Depressão e o Exercício FísicoPublication . Queimadela, Isabela dos Santos; Barata, José Luís Ribeiro Themudo; Gonçalves, Vânia Maria Martins GasparIntrodução: A depressão é altamente prevalente a nível mundial, sendo 30% dos doentes farmacorresistentes. O exercício físico tem emergido como alternativa terapêutica em doentes com depressão, embora os mecanismos subjacentes ao seu efeito benéfico permaneçam desconhecidos. A via da quinurenina tem-se destacado não só pela relevância na fisiopatologia da depressão, como também no papel no alívio sintomático quando influenciada pelo exercício físico. Objetivo: Esta dissertação pretende explorar a via da quinurenina como mediadora de parte dos efeitos antidepressivos do exercício físico. Metodologia: Revisão sistemática da literatura baseada na metodologia PRISMA1 , utilizando as bases de dados eletrónicas: PubMed, Cochrane, Web of Science e Science Direct. Resultados: Os estudos mostram que a atividade física leva a uma diminuição dos comportamentos tipo depressivos em roedores, e dos sintomas depressivos em humanos. Demonstrada uma relação causal entre estimulação muscular pelo exercício do PGC-1a e das enzimas KAT, e a diminuição dos níveis plasmáticos de 3-HK e QUIN, e aumento dos níveis de KYNA. Os níveis de KYNA têm um aumento agudo transitório após um surto de exercício, e indivíduos treinados têm adaptações musculares que proporcionam melhor metabolização destes metabolitos. Tanto o exercício aeróbio como o de força se mostraram eficazes, no entanto, enquanto nos roedores níveis de atividade ligeira a moderada são suficientes, nos humanos parece ser necessária uma intensidade maior para obter os mesmos efeitos. Estes resultados não são consistentes em todos os estudos. Conclusão: O exercício físico tem benefício no tratamento da depressão como estratégia complementar ao tratamento convencional. Os parâmetros de atividade física precisos, suficientes para mitigar sintomas depressivos e inflamação concomitante, precisam de ser determinados. Potencial uso dos níveis plasmáticos das quinureninas e moléculas associadas para: quantificar a componente inflamatória dos sintomas depressivos; como biomarcadores de prognóstico, resposta e monitorização terapêutica; para monitorizar a quantidade, intensidade e modo de exercício requerido.