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- Associação entre prática de atividade física e prestação académica em estudantes de medicinaPublication . Falcão, Maria Rita de Almeida Peres Beja; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoIntrodução: Os alunos de medicina, a fim de dar resposta à grande exigência académica, podem pôr em segundo plano ou, até mesmo, negligenciar atividades de lazer. Vários têm sido os estudos que se têm debruçado sobre a relação entre a prestação académica e a atividade física. Objetivo: Avaliar o efeito da prática de atividade física na prestação académica de estudantes de medicina. Métodos: Para a elaboração desta revisão foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed e Google Scholar, com as palavras-chave “academic performance”, “medical students”, “sport”, “physical exercise”, “physical activity”, tendo sido selecionados artigos com relevância para o tema. Foram ainda consultados livros e estudos publicados em revistas científicas. Resultados: Os benefícios da atividade física no desempenho cognitivo devem-se, provavelmente, aos efeitos que o exercício provoca no cérebro. Paralelamente, há evidência de que o exercício resulta num maior bem-estar físico e psicológico, o qual influencia positivamente a prestação académica. Conclusões: Os avanços científicos e tecnológicos têm permitido uma melhor compreensão dos mecanismos pelos quais o exercício interfere na prestação académica. Tais estudos são de grande importância para a elaboração de modelos eficazes de treino com o objetivo de melhorar a cognição, saúde mental e física. A integração de atividades recreativas nos planos curriculares académicos seria uma forma de promover o bem-estar e o sucesso académico dos alunos.
- Quinurenina: Um link entre a Depressão e o Exercício FísicoPublication . Queimadela, Isabela dos Santos; Barata, José Luís Ribeiro Themudo; Gonçalves, Vânia Maria Martins GasparIntrodução: A depressão é altamente prevalente a nível mundial, sendo 30% dos doentes farmacorresistentes. O exercício físico tem emergido como alternativa terapêutica em doentes com depressão, embora os mecanismos subjacentes ao seu efeito benéfico permaneçam desconhecidos. A via da quinurenina tem-se destacado não só pela relevância na fisiopatologia da depressão, como também no papel no alívio sintomático quando influenciada pelo exercício físico. Objetivo: Esta dissertação pretende explorar a via da quinurenina como mediadora de parte dos efeitos antidepressivos do exercício físico. Metodologia: Revisão sistemática da literatura baseada na metodologia PRISMA1 , utilizando as bases de dados eletrónicas: PubMed, Cochrane, Web of Science e Science Direct. Resultados: Os estudos mostram que a atividade física leva a uma diminuição dos comportamentos tipo depressivos em roedores, e dos sintomas depressivos em humanos. Demonstrada uma relação causal entre estimulação muscular pelo exercício do PGC-1a e das enzimas KAT, e a diminuição dos níveis plasmáticos de 3-HK e QUIN, e aumento dos níveis de KYNA. Os níveis de KYNA têm um aumento agudo transitório após um surto de exercício, e indivíduos treinados têm adaptações musculares que proporcionam melhor metabolização destes metabolitos. Tanto o exercício aeróbio como o de força se mostraram eficazes, no entanto, enquanto nos roedores níveis de atividade ligeira a moderada são suficientes, nos humanos parece ser necessária uma intensidade maior para obter os mesmos efeitos. Estes resultados não são consistentes em todos os estudos. Conclusão: O exercício físico tem benefício no tratamento da depressão como estratégia complementar ao tratamento convencional. Os parâmetros de atividade física precisos, suficientes para mitigar sintomas depressivos e inflamação concomitante, precisam de ser determinados. Potencial uso dos níveis plasmáticos das quinureninas e moléculas associadas para: quantificar a componente inflamatória dos sintomas depressivos; como biomarcadores de prognóstico, resposta e monitorização terapêutica; para monitorizar a quantidade, intensidade e modo de exercício requerido.
- Autoavaliação dos profissionais de exercício físico na prescrição do mesmo a doentes crónicos: estudo-pilotoPublication . Dias, Adriana Maria Moita; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoIntrodução: Os benefícios da prática regular de atividade física têm um impacto notável quer ao nível da prevenção de doenças crónicas não-transmissíveis quer ao nível da gestão e tratamento das mesmas. Os profissionais de exercício físico constituem uma classe profissional fundamental para a prescrição de exercício físico a doentes crónicos, porém é essencial uma formação que lhes permita adequar as prescrições de exercício físico ao doente, considerando as limitações e barreiras que podem advir de determinada patologia crónica para a prática de exercício físico. Materiais e métodos: Utilizou-se uma amostra de 100 profissionais de exercício físico com formação em Portugal. Foi construído um questionário com 20 perguntas, para estudar como os profissionais de exercício físico autoavaliavam a sua formação e capacidades na área do exercício e saúde e a comunicação interprofissional entre médicos e profissionais de exercício físico. Aplicaram-se os testes Qui-quadrado e teste Exato de Fisher para avaliar os objetivos descritos previamente. Resultados: Os resultados demonstraram que a maioria dos inquiridos (80%) reconheceu a necessidade individualização do ramo exercício e saúde durante o curso de técnico especialista de exercício físico, e os profissionais com habilitações literárias mais avançadas referiram mais frequentemente esta necessidade (p= 0.008). Relativamente à comunicação interprofissional, o grau de concordância foi máximo (Mediana= 5,0; AIQ=1,0) em relação à existência de unidades curriculares sobre o conhecimento médico relacionado com o exercício físico durante a formação académica e à existência de comunicação direta com os médicos prescritores, e o nível mediano mais baixo foi registado no que toca à recetividade dos médicos em estabelecer uma comunicação direta e a capacidade de entenderem a terminologia usada pelos profissionais de exercício (Mediana= 3,0; AIQ= 1,0). Conclusão: A maioria dos profissionais de exercício físico reconhece a necessidade de individualizar o ramo Exercício e Saúde já durante os cursos de técnicos de especialista de exercício físico e na Licenciatura em Educação Física ou Desporto. A comunicação interprofissional com a classe médica é essencial, tal como criar unidades curriculares durante a sua formação para assim lhes ser possível um melhor entendimento das patologias crónicas.