Browsing by Author "Reis, Ana Cristina de Pinho Teixeira"
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- Cancro da Mama no HomemPublication . Reis, Ana Cristina de Pinho Teixeira; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: O Cancro da Mama no Homem é uma doença rara que abrange cerca de 1% de todos os cancros da mama diagnosticados. A incidência, à semelhança da mulher, tem vindo a aumentar durante as últimas décadas. A idade média de diagnóstico é de 67 anos. Objetivos: O objetivo desta monografia foi recolher as evidências científicas atuais relativamente ao cancro da mama no homem, abrangendo a epidemiologia, fatores de risco, patologia e perfil molecular, rastreio, diagnóstico, estadiamento, tratamento, prognóstico, seguimento e sequelas psicológicas. Métodos: Foi realizada pesquisa bibliográfica na base de dados PubMED, de artigos exclusivamente em português e inglês. Discussão: Os fatores de alto risco associados ao cancro da mama no homem são: idade avançada, mutação BRCA2, história familiar de cancro da mama, Síndrome de Klinefelter, balanço hormonal com altos níveis circulantes de estrogénio, anormalidades testiculares, toma de estrogénio, exposição a radiação ionizante. O subtipo histológico mais frequente é o carcinoma ductal invasivo não específico (86,6%). A grande maioria dos cancros apresenta-se com positividade para os recetores de estrogénio e progesterona. O subtipo molecular mais frequente é o luminal B HER-2 negativo (48,6%). O sintoma de apresentação inicial na maioria dos homens é a sensação de um nódulo ou massa indolor subareolar. A recomendação standart para o diagnóstico inclui o exame objetivo da mama seguido de um exame de imagem (mamografia e ultrassonografia) e biópsia, no caso de suspeita de cancro. A mastectomia radical tem sido o tratamento cirúrgico tradicional e a cirurgia conservadora da mama tem sido usada com menor frequência. A terapêutica endócrina adjuvante é provavelmente o componente mais importante e a recomendação standart para o cancro com recetor de estrogénio positivo é o tamoxifeno, com uma duração compreendida entre os 5 e 10 anos. Testes genómicos, como o Oncotype DX, um ensaio de 21 genes que produz um score de recorrência, e MammaPrint, são cada vez mais usados para determinar o prognóstico e a probabilidade de a quimioterapia ser benéfica, na mulher. É provável que também venham a ser utilizados para a determinação do prognóstico do cancro da mama no homem. Conclusão: É evidente a necessidade crescente de compreender melhor o cancro da mama, particularmente na identificação das diferenças entre o homem e a mulher, e na deliberação das implicações terapêuticas que as mesmas podem acarretar. Sempre que possível, investigações e ensaios clínicos sobre o tratamento devem incluir os homens, de forma a construir evidência científica que suporte futuras recomendações de tratamento.
