Browsing by Author "Reis, Carolina Gouveia dos"
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- Prevalência de lesões imagiológicas prévias numa coorte de doentes com AVC agudoPublication . Reis, Carolina Gouveia dos; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: Acidente Vascular Cerebral consiste num diagnóstico clínico, definido pela Organização Mundial da Saúde como uma perda súbita de função neurológica focal ou global, que persiste por mais de 24 horas ou conduz à morte. Como descrito em inúmeros estudos, há muitos pacientes com primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral em que se detetam lesões cerebrovasculares antigas na tomografia computorizada, o que leva a pressupor que, embora se manifeste de forma aguda, resulta de um processo crónico. Objetivos: Quantificar a prevalência de lesões imagiológicas prévias numa coorte de doentes com primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral e relacioná-las com a presença de fatores de risco para doença cerebrovascular. Relacionar a presença de lesões prévias com mortalidade a trinta dias e scores das escalas de Barthel e Rankin. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo, tendo como população alvo doentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira com diagnóstico de primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral/Acidente Isquémico Transitório, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2012. Realizou-se consulta de processos clínicos através da aplicação SClínico. O estudo teve como critérios de exclusão: episódio recorrente; fora do limite temporal; diagnóstico não confirmado; e informação insuficiente. A análise estatística dos dados envolveu o recurso aos programas Excel e “Statistical Package for the Social Sciences”. Resultados: Incluíram-se no estudo 231 primeiros episódios, 199 de Acidente Vascular Cerebral (174 isquémicos e 25 hemorrágicos) e 32 de Acidente Isquémico Transitório. Apresentavam sinais de lesões cerebrovasculares antigas, aproximadamente, 36% dos pacientes, verificando-se mais lesões antigas de enfarte em doentes com mais de setenta anos (PF=0,025) e um número relativamente superior de lesões antigas simultâneas de enfarte e lacuna em pacientes com enfarte agudo do miocárdio (PF=0,057). Comparando a presença de sequelas com o score de Barthel, constatou-se que a média dos que tinham sequelas era de 12,02, sendo de 13,69 a dos que não tinham (PM-W=0,216). Em relação ao score de Rankin, a média dos que apresentavam sequelas era 2,48, versus 2,25 dos que não tinham (PM-W =0,477). Ao comparar a presença de sequelas com a letalidade a trinta dias, 12,5% dos que não apresentavam sequelas morreram, face a 11,0% dos com sequelas (PF=0,826). Conclusão: Idade superior a setenta anos e enfarte agudo do miocárdio afiguraram-se como fatores de risco para a presença de lesões cerebrovasculares antigas de enfarte e de enfarte e lacuna, respetivamente. A presença de lesões cerebrais antigas não foi associada a pior prognóstico.