Browsing by Author "Ribeiro, Carina Sofia Rodrigues"
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- Acidente Vascular Cerebral isquémico em doentes com Enfarte Agudo do Miocárdio prévioPublication . Ribeiro, Carina Sofia Rodrigues; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: As doenças cardíacas e os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) constituem uns dos principais problemas de saúde pública e as principais causas de morbimortalidade no mundo. Este estudo visou investigar a incidência e potenciais fatores que podem atuar como preditores de AVC isquémico em doentes com enfarte agudo do miocárdio (EAM), ambicionando auxiliar na identificação de pacientes de elevado risco que possam beneficiar de um follow-up e redução de fatores de risco mais intensivos, atuando mais eficazmente na prevenção destes eventos cardioembólicos. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo observacional retrospetivo com base na informação clínica de doentes diagnosticados concomitantemente com EAM e posterior AVC isquémico, tendo como grupo controlo doentes diagnosticados com EAM sem posterior AVC isquémico, em diversos serviços do Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), entre janeiro de 2010 e dezembro de 2016. O grupo de estudo incluiu 16 doentes e o grupo controlo 780, tendo sido analisada uma amostragem aleatória de 10% deste último. Os fatores analisados incluíram idade, sexo, hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, tabagismo, acidente isquémico transitório (AIT) ou AVC prévios, trombos intraventriculares, qualificação do EAM, procedimento de revascularização no EAM e terapêutica antitrombótica no pós-alta do EAM. Resultados: Dos 796 doentes com EAM, 16 (2%) desenvolveram posteriormente um AVC isquémico, tendo sido o intervalo mais curto entre os dois eventos de 48 dias e o mais longo de ˜4 anos. Os preditores significativos de AVC pós-EAM incluíram idade avançada e AIT ou AVC prévios (p-valor<0.05). A toma de antiagregantes plaquetários foi considerada um fator protetor significativo da ocorrência de AVC (p-valor<0.05). Conclusões: Embora haja uma baixa incidência de AVC pós-EAM, este está associado a aumento da morbimortalidade e, além disso, o risco da sua ocorrência parece persistir por um longo período de tempo. A reperfusão precoce da lesão coronária, juntamente com a prevenção secundária com terapêutica antitrombótica apropriada, podem constituir importantes elos para a redução destes eventos cardioembólicos.